Polêmica em The Lady: Natalie Dormer recusa divulgar série sobre Sarah Ferguson

Natalie Dormer anunciou que não vai promover a minissérie The Lady — produção do ITV e BritBox em que interpreta Sarah Ferguson — após a divulgação do e-mail de 2011 em que a Duquesa de York pede desculpas a Jeffrey Epstein, chamando-o de “supreme friend”. Em comunicado, a atriz afirmou que as novas informações são “irreconciliáveis” com seus valores e revelou que doou todo o seu cachê para instituições de apoio a vítimas de abuso infantil, como a NAPAC e o Centre of Expertise on Child Sexual Abuse.

Dormer destacou que a decisão não é uma crítica ao trabalho da produtora Left Bank Pictures (The Crown), mas sim uma questão pessoal de coerência. “Como atriz, busquei dar nuance e humanidade à personagem. Mas depois dessas revelações, não posso apoiar a narrativa de Sarah Ferguson sem ressalvas”, disse.

A série, que dramatiza a trajetória de Jane Andrews — ex-assistente de Ferguson condenada pelo assassinato do namorado em 2001 — já era um revival de uma das histórias mais polêmicas ligadas aos York, como contei neste post sobre a verdadeira história de Jane Andrews. Agora, com o escândalo reacendido pelo e-mail vazado, a produção ganha um peso ainda maior, como analisei nesta matéria sobre o impacto do e-mail e o futuro dos York.

Essa decisão de Dormer é mais do que uma recusa pontual — ela é um alerta sobre como The Lady pode ser recebida pelo público. A série, que já tinha potencial para reacender a curiosidade sobre os bastidores da Família Real, agora chega envolta em uma polêmica real e recente, o que pode transformar a reação de espectadores e críticos. Em vez de apenas recontar a tragédia de Jane Andrews, a produção corre o risco de se tornar um referendo sobre Sarah Ferguson — e, por tabela, sobre a maneira como a cultura pop lida com figuras reais cujas histórias ainda estão sendo escritas.


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