Em sua quinta temporada, Only Murders in the Building reafirma seu charme: o mistério é sempre sobre mais do que um crime. É sobre os segredos que o Arconia guarda — e os que seus moradores preferem não confessar. Depois da morte de Lester, o porteiro mais querido (e, ironicamente, mais discreto) do prédio, o trio Charles, Oliver e Mabel volta à cena com um novo caso que mistura cassinos secretos, bilionários entediados e políticos ambiciosos.
A temporada já entregou pistas, reviravoltas e dedos decepados o suficiente para alimentar uma enxurrada de teorias. Nas discussões entre fãs, alguns nomes surgem repetidamente. Abaixo, os suspeitos mais votados até agora — e os motivos que colocam cada um sob a luz do abajur do Arconia.

Prefeito Tillman: o poder, o cassino e o dedo perdido
Se há um nome que domina as apostas, é o do Prefeito Tillman (Keegan-Michael Key). Quase todos os caminhos parecem levar a ele — e talvez seja justamente por isso que o público o enxerga com tanta desconfiança.
O prefeito quer legalizar cassinos em Nova York, e uma das primeiras pistas vem de um assessor tentando convencer Oliver a assinar um abaixo-assinado. Por trás disso, há uma trama de poder e negócios: os bilionários do Arconia (Jay, Bash e Camila) querem transformar o prédio num hotel de luxo, tomando o espaço que antes era o cassino ilegal de Nicky Caccimelio.
Segundo uma teoria popular, Tillman seria o quinto “pássaro” na mesa de jogo da noite do crime. Quando Nicky, furioso com o plano, parte para cima do grupo com o cutelo, acaba morto — mas não antes de arrancar o dedo do prefeito. Lester, que testemunha tudo, tenta fugir, mas é interceptado. Para Tillman, eliminar o porteiro seria “amarrar pontas soltas”.
Há quem acredite que o Prefeito disfarça a mutilação com uma prótese sensorial, explicando a reação estranha quando aperta a mão de Charles. Político pragmático, ele também aparece no funeral de Lester — supostamente um gesto “humano” em plena campanha, mas que soa cada vez mais como culpa disfarçada de empatia.

Sofia Caccimelio: a viúva perfeita (ou a nova chefona da máfia?)
Se Tillman é o suspeito favorito, Sofia (interpretada por uma ainda misteriosa atriz convidada) é o nome que os fãs juram estar “por trás de tudo”. E com razão.
Ela entrou em cena como a viúva em luto, mas algo em sua tranquilidade sempre pareceu ensaiado. Aos poucos, Sofia se revela uma maestrina da manipulação: muda de assunto, controla narrativas e mantém o trio de podcasters na palma da mão. É a única que insiste que “a máfia acabou”, e é também quem convenientemente tinha a chave do cassino na noite do crime.
Muitos fãs acreditam que Sofia tenha sido cúmplice — ou mandante — da morte do marido. Ao contrário de Nicky, que sonhava em abandonar a vida criminosa e fugir para a Itália, ela teria preferido manter o império “da construção civil” da família. Quando descobriu o plano dos bilionários e do prefeito para tomar o cassino, foi até lá negociar — e eliminou quem atrapalhava o jogo.
Se for verdade, Sofia seria uma das vilãs mais sofisticadas da série: uma mulher que aprendeu com a mãe como controlar um império no submundo — e que o faz, agora, sob o disfarce da elegância.

Lorraine Coluca: a viúva que sabe mais do que demonstra
Sim, a viúva de Lester também entra na lista — e, seguindo a lógica de Only Murders in the Building, não seria surpresa se ela fosse a verdadeira assassina.
Lorraine é um daqueles personagens aparentemente secundários que a série adora transformar em peças-chave no tabuleiro. Atriz frustrada, ressentida por uma carreira que nunca decolou por causa da dedicação do marido ao Arconia, ela carrega no olhar algo que mistura tristeza e rancor.
Há pistas de que ela não apoiava a decisão de Lester de abandonar o esquema do cassino — um submundo perigoso, mas que garantia segurança financeira. “Sem o meu marido, como vou manter nossa casa em Flatbush?”, ela chega a dizer, em um dos momentos mais reveladores da temporada.
E há o detalhe mais sombrio: Lester morreu ao cair na fonte, tentando escapar de alguém. Fugindo de quem, exatamente? O trio acredita que era de um inimigo poderoso, talvez ligado aos bilionários ou ao prefeito. Mas e se fosse a própria Lorraine?
Afinal, em Only Murders in the Building, as histórias de amor raramente terminam bem — e ninguém conhece melhor nossos segredos do que quem dividiu as chaves de casa.
Jay Pflug, Bash Steed e Camila White: o trio bilionário
Os três novos magnatas — Jay (Logan Lerman), Bash (Christoph Waltz) e Camila (Renée Zellweger) — dividem o terceiro lugar na lista de suspeitos, mas, individualmente, cada um deles tem potencial para mudar completamente o rumo da investigação.
Eles estavam juntos na noite do crime, assinaram contratos que proíbem o trio principal de mencioná-los no podcast e, como se não bastasse, repetem a mesma história ensaiada sobre o que aconteceu no cassino subterrâneo.
Cada um tem algo a esconder:
- Jay herdou uma farmacêutica e tenta provar que pode comandar algo sozinho, longe da sombra da fortuna familiar.
- Bash é obcecado pela ideia de imortalidade via inteligência artificial, disposto a transformar a tecnologia em uma extensão da própria vida.
- Camila é uma magnata da hotelaria, sempre em busca de expandir seu império e controlar o luxo — e quem o consome.

Todos têm dinheiro, poder e — o mais perigoso — motivos para mentir. O mistério do “dedo perdido” parece conectá-los em algo maior: há quem veja nisso um ritual de lealdade, algo entre máfia e sociedade secreta, selando o pacto que os une.
Mas o que os torna suspeitos até o fim?
Camila é a mais manipuladora. Sempre de luvas, obcecada pelo belo e pelo glamuroso, ela esconde mais do que um segredo de estilo. (SPOILER ALERT) Será revelado que ela tem muito mais ligação com o desaparecimento de Nicky do que aparenta — só não está claro como conseguiu assustar Lester a ponto de fazê-lo cair na fonte e morrer.
Jay, por sua vez, tenta se aproximar de Mabel, e quase a convence de que é um homem sensível e apaixonado. Mas, depois de Charles e Jan Bellows na primeira temporada, já aprendemos que todo namorado perfeito que surge entre os suspeitos… é MEGA suspeito.
E Bash? É o mais enigmático de todos — e o mais perigoso. Por trás do charme e da teatralidade, é ele quem realmente controla o prefeito e o próprio Arconia, já que é o responsável pela segurança do prédio e pela inteligência do sistema L.E.S.T.R.. Em uma série onde nada é aleatório, ter acesso à memória e às informações do edifício pode significar saber — e manipular — tudo.

Randall: o novo porteiro que sabe demais
Pouco se fala dele, e talvez seja exatamente isso que o torne perigoso. Randall, o novo porteiro (Jermaine Fowler), foi treinado por Lester e assumiu o cargo imediatamente após sua morte. Ele sabe como o prédio funciona e, possivelmente, conhecia os bastidores do cassino. (SPOILER, sim, claro que estava ciente, mas, como sempre, será “descartado” como suspeito por razões reveladas no próximo episódio).
Sua postura assustada pode ser fachada — ou medo genuíno por saber demais. Alguns fãs acreditam que ele tenha sido cúmplice involuntário, ajudando sem perceber a encobrir o crime.
Althea (“Thé”): a estrela que caiu no Arconia
Por trás do glamour pop, há uma sombra. Althea, interpretada por Beanie Feldstein, é amiga de infância de Mabel e recém-moradora do prédio. Coincidência ou não, ela se mudou exatamente antes do novo assassinato.
Há rumores de que estava presente no cassino, talvez como convidada dos bilionários. Sua jaqueta vermelha de penas levantou teorias sobre ser o “quinto pássaro” da mesa de jogo. Se for verdade, sua conexão com a mídia e o poder pode ser o elo que sustenta todo o silêncio.
Howard Morris: o improvável traidor
Por fim, o nome que divide corações: Howard (Michael Cyril Creighton). Querido, cômico e sempre presente, ele é o tipo de personagem que a série poderia usar para um golpe final de roteiro.
Desde a 1ª temporada, Howard nunca teve real desenvolvimento — e isso pode ser intencional. Ele conhece cada canto do Arconia, observa tudo e, como sabemos, o assassino em Only Murders raramente é quem mais fala. Se for ele, seria o twist mais cruel (e divertido) da série.
O jogo continua
Entre dedos cortados, cassinos ilegais e casamentos trágicos, a quinta temporada de Only Murders in the Building entrega o que o público mais ama: o prazer de investigar junto. E, como sempre, as pistas estão todas ali — basta ouvir com atenção.
Seja o prefeito tentando legalizar o jogo, a viúva que herdou o império da família ou o bilionário que perdeu mais do que um dedo, o Arconia volta a ser o palco perfeito de uma comédia de mistério em que todos têm algo a esconder.
E no fim das contas, como já disse Oliver Putnam: “O mais suspeito é sempre o mais divertido.”
Minha aposta pessoal está no Prefeito Tillman, como a maioria, mas não descarto em nada a participação de Romy, a sobrinha de Bash. Já tivemos uma assistente assassina, Poppy, lembram? Temporada 2? É possível voltar. E por alguma razão, estamos excluindo a nossa eterna Jan, que jamais deve ser esquecida!
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