Slow Horses, Temporada 5, Episódio 5 (Recap)— “Circus”: quando a MI5 fica cega e os pangarés se aproximam do caos final

É difícil aceitar que Slow Horses está prestes a encerrar mais uma temporada — e que, como sempre, foram apenas seis episódios. O quinto capítulo, “Circus”, é um turbilhão de reviravoltas, traições e avanços na estratégia de desestabilização que ameaça o Reino Unido.

Depois da morte acidental de Dennis Gimball, os rebeldes líbios seguem executando seu plano com precisão. A MI5 ainda tenta compreender o real alcance da ameaça, mas Jackson Lamb (Gary Oldman) já percebe que o inimigo está reproduzindo antigas táticas britânicas de sabotagem. O próximo passo é claro: “cegar o inimigo”.

O erro fatal de Whelan e a teimosia de Diana

No MI5, o inexperiente Claude Whelan celebra o “acidente” que eliminou seu rival político, revelando mais uma vez sua completa inaptidão para o cargo. Diana Taverner (Kristin Scott Thomas), irritada, tenta manter o foco, mas Whelan — em um misto de arrogância e ignorância — toma as rédeas da investigação e a conduz direto ao desastre.

Enquanto isso, Tara Younis (Aimee-Ffion Edwards), namorada de Roddy Ho, é detida sob suspeita de envolvimento com o grupo terrorista. Durante o interrogatório conduzido por Emma Flyte, ela afirma ter sido coagida a colaborar após se aproximar de protestos líbios e alega que apenas cedeu para sobreviver. A história convence até mesmo Diana, que ignora a intuição de Lamb e aposta na “colaboração” da prisioneira.

O engano que levou ao colapso

Tara fornece um código que diz ter usado para acessar o sistema do MI5 através do computador de Roddy — o que, segundo ela, pode ajudar a rastrear a origem do ataque. Flyte decide testar a sequência, enquanto Claude organiza uma operação secreta: Tara, equipada com rastreadores e acompanhada pela própria Emma, seria enviada de volta ao campo para atrair os terroristas.

O plano, é claro, é um erro monumental. Tara aceita, aparentemente nervosa, e se despede de Flyte na estação de Piccadilly Circus. Mas, no meio do caminho, livra-se do casaco com o rastreador e some — exatamente no momento em que o código que entregou ao MI5 começa a agir. O resultado é devastador: um apagão total no sistema de inteligência britânico.

O truque da “abelha” — a espiã que age duas vezes antes do golpe final — se confirma. Tara nunca foi vítima: era parte essencial da célula terrorista, infiltrada para desarmar o inimigo por dentro. Ao manipular o sistema e eliminar a capacidade do MI5 de enxergar, ela cumpre o segundo estágio do plano de desestabilização.

Enquanto isso, os pangarés

Na Slough House, Shirley, Standish e Roddy vasculham os pertences do colega e descobrem pistas que ligam Tara a cada fase do ataque. A dupla River e Coe continua divertida e desastrosa em igual medida, e o episódio dá espaço para Jack Lowden brilhar: River Cartwright é o agente talentoso e impulsivo que tenta, em vão, provar seu valor enquanto encara o declínio de David Cartwright — interpretado com brilhante melancolia por Jonathan Pryce.

Lamb, por sua vez, sabe que o pior ainda está por vir. “Cegar o inimigo” é apenas o começo, e a sensação é de que o MI5 está prestes a ser destruído por dentro. E que o grupo seja “líbio” ajuda pouco: ele está empenhado em identificar “qual líder” frustrado esteja coordenando tudo.

Rumo ao desfecho

Com o sistema comprometido, Tara desaparecida e o país vulnerável, o episódio encerra em um tom explosivo e inevitável. O que parecia apenas um jogo político interno revela-se um ataque perfeitamente orquestrado — e a pergunta que paira é simples e cruel: será que, mais uma vez, os pangarés vão salvar o dia?


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