A quinta temporada de Only Murders in the Building não foi a melhor da série — mas também está longe de ser a pior (ainda considero a segunda a mais fraca). O fato é que decifrar o duplo assassinato no Arconia ficou tão intrincado que chegou a ser tenso. Depois de cinco anos acompanhando OMITB, já aprendemos a ler os sinais — e talvez por isso o desfecho, embora divertido, tenha parecido apressado e previsível. Ainda assim, a jornada continua irresistível.
A história abre com um flashback de Sofia e Nicky jovens e apaixonados, com a explicação da flor branca que ele usava como assinatura. Em mais uma sequência de metáforas com termos de jogos, o tempo avança para a decepção e a frustração do casal, cuja crise matrimonial atinge o ápice na véspera da morte de Nicky.

No presente, a pergunta se divide em duas partes: onde está Sofia — e por que a Nonna ajudou a roubar o misterioso dedo? Descobrimos que o dedo pertencia ao amante de Sofia, cujo nome, claro, não é revelado de imediato. Como brinca Oliver, se fosse fácil resolver, não haveria nova temporada. Parcialmente satisfeitos com o que descobriram, os podcasters ainda têm muitas perguntas (como nós), mas uma nova reviravolta os atinge: o Arconia será demolido. É mais barato implodir o prédio para construir um cassino. Pode até ser um endereço perigoso, mas estamos emocionalmente presos a ele!
Em meio às mudanças, o trio segue focado em resolver o crime. Charles comenta uma teoria popular entre os fãs: alguém anda circulando com um dedo falso. Eles apostam que é um dos bilionários — e que, além disso, ele também é o misterioso amante de Sofia. Mas precisam confirmar.
O confronto final é tão teatral quanto Oliver planejou: os podcasters, cercados de mafiosos “aliados” improváveis (os filhos de Sofia), começam os interrogatórios. Até que o prefeito Beau Tillman invade a sala para convocar Camilla para uma coletiva — e Mabel confirma outra teoria dos fãs: o dedo falso era do próprio prefeito. Ele era o amante de Sofia e o assassino de Lester. Tudo é revelado em cerca de 13 minutos. Rápido demais, não?


No monólogo clássico do vilão, Tillman reconta a noite do assassinato duplo. Ele estava no cassino, participando do jogo dos bilionários (que o acionam para pedir “favores”), quando Nicky o confrontou após descobrir seu caso com Sofia. Nicky corta o dedo do prefeito, e o porteiro Lester, tentando dar um basta na vida criminosa do Arconia, defende o prefeito e ameaça expor todo o esquema. Na luta, Nicky e Lester acabam caindo, e o mafioso morre acidentalmente. Lester foge com o dedo cortado do prefeito (uma prova do crime), Tillman o persegue, e numa nova briga, Lester cai na fonte e bate a cabeça, morrendo também. As mortes, portanto, foram “acidentes” — encadeados e trágicos. Mas Tillman diz em voz alta que ele matou Lester, um tanto confuso pelo que vimos, mas okay, ele quer ser mau.
Tillman, agora o vilão assumido, manipula policiais corruptos para encobrir os crimes, esconder os corpos e armar a implosão do Arconia — com os celulares resgatados, ele prende Mabel, Charles e Oliver no porão, para que pareça que eles morreram junto com o prédio. Mas todos os moradores e funcionários se unem no resgate, e o trio escapa a tempo, expondo o prefeito diante da imprensa. Ele é preso, e os podcasters salvam o Arconia. Mas ainda tem mais.
Sofia aparece para se despedir: ela “vendeu” o dedo de seu ex, Tillman, para os bilionários e com sua nova fortuna e convida Charles a acompanhá-la à Itália. Ele recusa, rompendo seu padrão de se envolver com mulheres perigosas.


Jay ainda tenta convencer Mabel de que ele não é um cara mau, tanto que confessa para a polícia que ele, Bash e Camilla não apenas testemunharam os crimes como esconderam os corpos e se tornaram cúmplices do prefeito. Os três vão presos.
Três meses depois, Lorraine vive no Arconia e recebe uma mensagem de Sofia, a sororidade das viúvas se mantém. Linda e finalmente livre da família que sempre a diminuía, Sofia recebe um telefonema dos filhos avisando sobre a morte iminente da Nonna. Mas, desfrutando da dolce vita no exterior, ela apenas se despede com um despreocupado arrivederci — para a mãe e para os herdeiros.


No Arconia novamente ocupado, o robô L.E.S.T.R. trabalha agora com Randall, e Howard está namorando um dos filhos de Sofia.
Fechando o próprio podcast Only Murders In the Building, Mabel, Charles e Oliver se empolgam com novo podcast de Cinda Canning, cujo novo programa — The Girl with the Curls — investiga um crime em Londres. Ao mesmo tempo, uma mulher de peruca ruiva (ninguém menos do que a própria Cinda) corre pelas ruas de Nova York, passa mal e cai… justamente na porta do Arconia. O suficiente para ser considerado “dentro” do prédio. Sim, mais um assassinato no prédio — e uma sexta temporada com pé britânico vem aí.
Assim, a quinta temporada fechou um mistério que foi obvio desde o início e ainda deixou algumas pontas soltas: por que Tillman queria culpar Bash? Por que Jay não ajudou Mabel? Sofia é a nova Jan? Lorraine ganhou dinheiro de Sofia? E o filme Only Murders In The Building? Foi lançado? Bombou? Fracassou? E Loretta? Está na Nova Zelândia e vai voltar para o Arconia? Os moradores que venderam os apartamentos, vão conseguir voltar?

A trama foi quase toda decifrada pelos fãs: sabíamos que o assassino era o prefeito, que os bilionários sabiam da verdade e que as mortes seriam acidentais. Mesmo assim, foi divertido ver o trio com seu “time de apoio”, reunindo antigos e novos moradores do Arconia. Camilla, por sua vez, só poderia perder o prédio por morte ou prisão — e nosso edifício perigoso segue como um serial building.
A fórmula de participações especiais de grandes nomes deve continuar. Já saímos de Nova York para Long Island, Queens, Brooklyn e até Los Angeles — então Londres é o próximo passo lógico, especialmente por ser a terra de Agatha Christie e Sherlock Holmes. Eu, pessoalmente, estou animada. Difícil vai ser esperar mais um ano!
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