O eterno feitiço das bruxas: 5 Mais Populares do Cinema e TV

Nenhum outro arquétipo feminino sobreviveu a tantas metamorfoses quanto o da bruxa. Queimada, exilada, ridicularizada, desejada — e agora reverenciada —, ela atravessou séculos mudando de rosto, mas nunca de essência. A bruxa é a mulher que sabe. Que observa, que intui, que se recusa a caber no molde. E por isso mesmo, é temida.

Em 2025, o feitiço se renova nas telas: as bruxas não são mais apenas as vilãs das histórias infantis, mas protagonistas complexas, heroínas improváveis, cientistas, líderes espirituais e políticas do invisível. Entre o sarcasmo de Agatha Harkness, a fé manipuladora das Bene Gesserit, a doçura resistente das irmãs Owens e a fúria verde de Elphaba, a magia assume novos significados — sempre ligados ao poder feminino em transformação.

O audiovisual segue encantado por elas porque, no fundo, as bruxas somos todas nós: mulheres que, de um jeito ou de outro, aprenderam a transformar dor em poder, e rejeição em liberdade.

1. Agatha Harkness (Agatha All Along)

Kathryn Hahn roubou a cena em WandaVision e agora comanda sua própria série no Disney+.
Agatha All Along transforma a vilã em protagonista — irônica, perigosa, irresistível. É o símbolo perfeito de uma era que celebra o poder feminino em tons sombrios e ambíguos.

Assim como Wicked, Agatha reescreve a história da “bruxa má”, revelando as camadas de solidão, culpa e desejo que sempre estiveram por trás da caricatura.

2. As Irmãs Owens (Practical Magic / Da Magia à Sedução)

Nicole Kidman e Sandra Bullock estão de volta para o segundo filme da saga — um dos reencontros mais aguardados do ano. As Owens são as bruxas do cotidiano: mulheres que erram, amam e resistem. A nova geração as redescobriu como precursoras da “bruxaria emocional”, um poder que nasce da cura e da empatia, não da destruição.

Elas representam o retorno do feminino mágico como linguagem de afeto.

3. As Irmãs Sanderson (Abracadabra / Hocus Pocus)

Clássicas e cômicas, as Sanderson continuam vivas no imaginário pop. Abracadabra 2 reintroduziu o trio a uma nova geração, e rumores indicam que um novo capítulo está a caminho. Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy encarnam as bruxas que amamos odiar — vaidosas, dramáticas e deliciosamente teatrais.

São um lembrete de que o riso também é uma forma de encantamento.

4. As Bene Gesserit (Duna: Profecia)

No universo de Duna, a “bruxaria” é política. A nova série da Max expande o mito das mulheres que manipulam poder, fé e genética em nome da sobrevivência.

Mais do que feiticeiras, as Bene Gesserit são sacerdotisas — estrategistas que controlam impérios através da voz e da visão. É a bruxaria elevada à ficção científica: um feitiço feito de manipulação e destino.

5. Elphaba (Wicked)

O musical ganha sua versão cinematográfica em 2025, dividida em duas partes, e promete repetir o encanto da Broadway. Elphaba, a Bruxa Má do Oeste, é o retrato definitivo da mulher difamada por ser diferente.

A história de Wicked ecoa como uma fábula sobre empatia e preconceito, lembrando que até as bruxas mais temidas nasceram apenas… diferentes.

Menções Honrosas

  • Hermione Granger, que ganhará nova intérprete na série da HBO — elo geracional entre magia, inteligência e coragem.
  • Wandinha Addams, que embora não seja literalmente uma bruxa, encarna a mesma energia rebelde e gótica da transgressão feminina.
  • Mysaria (“A Rata Branca”), de House of the Dragon, cuja presença silenciosa e aura mística a colocam entre as novas feiticeiras políticas da ficção.

Cada geração reinventa suas bruxas. As dos contos de fadas amedrontavam; as da televisão ironizam; as do cinema contemporâneo libertam. Elas falam de nós — do medo da liberdade, da culpa pelo desejo e da coragem de ser diferente.

No fim, o feitiço é sempre o mesmo: sobreviver à fogueira.


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