The Beast In Me – Thanatos: quando a morte deixa bilhetes (Episódio 4 Recap)

O episódio abre no ponto exato onde a série é mais poderosa: o lugar onde paranoia, culpa e desejo se confundem. Aggy escreve sobre Thanatos — o impulso de destruição — enquanto Brian Abbott, ferido e emocionalmente vulnerável, caminha direto para o próprio fim.

A montagem paralela é brilhante: Aggy reflete sobre o flerte humano com o perigo no mesmo instante em que Abbott negocia com uma equipe de hackers chefiada por Simone, a figura mais perturbadora surgida na série até agora. Simone não aceita dinheiro. Nem criptomoedas.
Ela quer um favor — a moeda mais cara do mundo Jarvis.

A cena é filmada como um pacto fáustico. E é.

O colapso Shelley–Aggy

Nile liga para Aggy com voz suave e venenosa: Nina cancelou a exposição da Shelley. Ele diz “é para seu bem” com o tom de quem sabe exatamente qual dor está infligindo, e Nina está claramente contrariada.

Shelley, que sempre desconfiou do timing, liga para Aggy furiosa — e, pela primeira vez na série, verbaliza tudo que vinha sendo empilhado em silêncio:

Você destrói tudo que toca.
Só pensa em você.
Se alguém matou Teddy, foi você — porque ele não suportou viver carregando sua culpa.

É a cena mais brutal emocionalmente desde o piloto. Uma ex que conhece cada fenda e cada segredo e usa todos como arma.

O que Shelley diz sobre Aggy “preferir inventar um assassino a olhar no espelho” ecoa por todo o episódio. E funciona como contraponto perfeito à entrevista seguinte.

Os Ingrams: a verdade que ninguém esperava

Quando Aggy encontra os pais de Madison Jarvis, o mundo vira de cabeça para baixo: eles amam, confiam e defendem Nile. Nada no olhar deles diz “psicopata”. Eles falam de Maddie como alguém que lutava contra a bipolaridade, que não seguia medicação, que tinha crises violentas e que encontrou em Nile uma âncora.

E então mostram a Aggy algo que muda tudo a carta de suicídio de Madison. Examinada por três especialistas, é oficialmente autêntica.

Aggy murcha por dentro. O que Shelley disse — aquela frase que entrou como faca — ganha força: “É mais fácil inventar um assassinato do que olhar para si.”

Mas essa impressão não dura muito.

Erika e Rick: o braço sujo da lei

Erika, ainda presa à manipulação dos Jarvis (e ao medo que Rick provoca nela), encontra Rick num beco úmido — e a cena revela algo crucial: Erika não é apenas amante de Abbott. É sua supervisora no FBI. E deixa ainda mais claro o desequilíbrio do tabuleiro.
Ninguém ali é livre.

Simone abre a porta do inferno

Quando Simone finalmente decripta os arquivos, Abbott vê algo que congela o sangue: Teddy Fenig. Vivo. Amarrado. Machucado. Em um cativeiro que não pode ser localizado. Aggy tinha razão, Nile é um psicopata.

A série faz aqui algo brilhante: não dá a Abbott tempo de reagir como um agente do FBI, mas dá tempo suficiente para ele quebrar por dentro. Ele liga para Aggy e mente. Diz que não encontrou nada e que ela deve abandonar a investigação.

É uma mentira empática de alguém destruído, mas também é uma sentença de morte.

Benitez, o voto e o poder

Enquanto isso, Nile se reúne com Olivia Benitez, em um prédio vazio que parece mais set de interrogatório do que sala de negociação. Sua intenção era matá-la, mas ela não veio sozinha. Assim ele tenta comprar, seduzir, intimidar e acredita que todos têm um preço. Mas Olivia não.
Ela é o primeiro obstáculo real no caminho dele.

E quando ela sai sem ceder, vemos ele avisar ao pai e ver Martin reagir frieza: agora vão partir para a violência.

Abbott caminha para a morte

Com o drive na mão e sangue no rosto, Abbott segue Nile. Fisicamente ferido, emocionalmente quebrado, psicologicamente vulnerável e sozinho. Opera movido apenas pelo impulso destrutivo que Aggy narrava no início: Thanatos.

Ao ver Nile sozinho o confronta, mas perde o controle quando o milionário diz: Eu posso te dizer onde Maddie está.

A hesitação é fatal. A luta é curta, brutal e devastadora. Nile o estrangula e depois o espanca com a própria arma de Abbott.

É a cena mais perturbadora da temporada. E ainda assim, o episódio guarda seu pior veneno para o final.

O monstro bate à porta

Depois de matar Abbott, Nile dirige até a casa de Aggy. Calmo, diz que teve um dia ruim e quer conversar. E Aggy, sem saber, abre a porta para o assassino. Graças à Abbott, ela acredita que ele é inocente e que está segura.

O episódio termina assim: com o predador sentado no sofá, conversando com sua presa que pensa estar com o único homem capaz de entendê-la.

É o momento mais aterrorizante da série até agora.


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