Estamos a pouco mais de oito semanas para a volta oficial à Westeros, com a estreia de Um Cavaleiro dos Sete Reinos no dia 18 de janeiro de 2026. Para quem está há 68 semanas de jejum (a última temporada de House of the Dragon foi ao ar em agosto de 2024), é quase nada de espera. E melhor, veio brindada com várias boas notícias!

Os fãs do universo de Game of Thrones sabem que quando o mantra de uma das principais casas da saga repete ad nauseum que “o inverno está chegando” é que entrar em modo de hibernação faz parte do processo e quando parecia adormecida, as guerras em Westeros nos lembram que ainda é uma das propriedades mais vivas, lucrativas e expansivas da cultura pop contemporânea. Esta semana entrou na segunda categoria.
De um lado, a HBO MAX formalizou aquilo que já vinha ensaiando: a alternância planejada entre House of the Dragon e A Knight of the Seven Kingdoms pelos próximos três anos. HOTD está renovada até 2028, e A Knight já garantiu a segunda temporada antes mesmo da estreia. É uma estratégia de longo prazo, montada com a calma de quem entende o valor de um calendário bem desenhado.
Em janeiro de 2026 veremos Dunk e Egg abrirem uma janela mais íntima do mundo criado por George R.R. Martin; poucos meses depois, no início do verão no hemisfério Norte, ou seja, em Junho, a terceira temporada de HOTD reacende os Targaryen com algumas de suas batalhas mais ambiciosas.


A Knight of the Seven Kingdoms, por sinal, nasce com um ritmo próprio: temporadas curtas, meia hora por episódio, uma escala mais humana que conversa com um outro tipo de fantasia medieval. É a fábula ao lado do épico. E, justamente por isso, a HBO pode trabalhar com ela de forma mais rápida, preenchendo vazios entre temporadas mais robustas como HOTD.
Mas enquanto a emissora ajusta o presente, Martin — que sempre opera no tempo profundo de Westeros, mexeu as placas tectônicas do futuro.
Durante o festival Iceland Noir, em Reykjavik, o autor confirmou, em conversa com os presentes, que há sequências de Game of Thrones em desenvolvimento. Não apenas novas precuelas, já conhecidas e espalhadas entre live-action e animação, mas projetos que acontecem após os eventos da série original. É a primeira vez, em muito tempo, que alguém do núcleo criativo admite isso de forma explícita.

Martin foi direto: existem “cinco ou seis” séries em desenvolvimento, a maioria precuelas — mas há sim uma sequência. Não está aprovada, mas está sendo escrita. E isso, para Westeros, é quase um terremoto. Seria Snow, que chegou a ser “arquivada”? Ou outra série?
Se a HBO sempre tratou o pós-Game of Thrones com extremo cuidado, talvez por receio das controvérsias do final da série, a fala de Martin abre espaço para o cenário mais provável, e que fãs e bastidores sussurram há anos: uma história centrada em Arya Stark. A jornada para o Oeste de Westeros é uma porta perfeita para expandir o mapa sem reabrir feridas narrativas. É aventura, descoberta, liberdade, tudo o que Arya sempre representou.

Juntas, as duas notícias criam um panorama claro: Westeros deixou de ser uma franquia em “manutenção controlada” e voltou a operar em plena expansão. A HBO MAX garante estabilidade até 2028; Martin confirma que o mapa se estende ainda mais adiante. Entre o passado incendiário dos Targaryen, a delicadeza de Dunk e Egg e a possibilidade de um futuro guiado por Arya, o universo se reorganiza.
E, pela primeira vez em anos, parece estar olhando para frente.
Descubra mais sobre
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
