Abertura | Quando o monstro entra pela porta da frente

O que antes era ameaça agora vira ataque direto. O episódio abandona qualquer sensação de segurança e deixa claro: ninguém está protegido — nem mesmo dentro de casa. O horror deixa de ser abstrato, se materializa no corredor, na banheira, no quarto de uma criança. Hawkins não está mais à beira do abismo. Ela já caiu.

O ataque a Holly

Holly é atacada por um demogorgon dentro de casa. Desesperada, pede ajuda à mãe, Karen, que inicialmente não acredita. As duas se escondem na banheira e conseguem fugir por um triz. Ou assim pensam porque obviamente são perseguidadas e quando Nancy chega em casa, só encontra os corpos dos pais no chão. Holly foi levada pelo monstro. Sem hesitar, Onze sai atrás dela.

Karen e Ted Wheeler ficam entre a vida e a morte. Nancy e Mike passam a noite sem notícias enquanto os pais são operados. Nancy é consumida pela culpa: Vecna havia avisado, e ela ignorou.

Lucas é o primeiro a verbalizar o que todos temem: tudo parece estar se repetindo exatamente como no desaparecimento de Will. Mas se Will foi salvo, ainda existe esperança.

Onze no limite entre os mundos

Os militares continuam caçando Onze e monitorando o Upside Down. Ela tenta encontrar Holly seguindo seus gritos — mas, em vez da menina, esbarra com Hopper. Ferido, exausto, ele ainda assim insiste em continuar.

Mais tarde, Onze o ajuda a se recuperar. Em um dos momentos mais emocionais do episódio, Hopper fala de sua filha, Sara, e se desmonta por completo. A cena é forte, mas sofre com uma falha de continuidade quase cômica: minutos depois, Hopper se levanta como se nada tivesse acontecido.

Mesmo assim, os dois chegam a um muro gigantesco, orgânico, pulsante, absurdamente nojento. Eles sabem: Holly está do outro lado.

Will, Vecna e a visão que muda tudo

Joyce tenta compreender as visões de Will, que agora se intensificaram de forma perturbadora. Ele lhe explica que a conexão com Vecna nunca foi realmente rompida. O que muda agora é a qualidade dessa ligação: quando teve a visão, Will se enxergou como o próprio demogorgon. Ele sente a proximidade do vilão — mas tudo ainda é confuso demais para traduzir em palavras.

Steve, Jonathan e o silêncio de Dustin

Sem saber de nada do que acontece em Hawkins, Jonathan e Steve permanecem à distância. Mesmo perdidos, decidem seguir com o plano. Claro que ainda disputam Nancy, mas Steve tenta encerrar qualquer insinuação, dizendo que a vê apenas como amiga.

Antes de partirem, encontram Dustin ferido. Steve reclama de sua ausência, sem saber o que aconteceu de verdade. Dustin mente, diz que caiu da bicicleta. O silêncio dele grita mais alto que qualquer explicação.

Hospital, Max e “A Wrinkle in Time.”

No hospital, ao som de Kate Bush, Lucas conversa com Max, ainda em coma, em uma cena de delicadeza desesperada. Mike, vagando pelos corredores, encontra uma cópia do livro que Holly não largava: Uma Dobra no Tempo. A associação é cruel demais para ser ignorada — não é apenas uma referência, é um prenúncio.

O resgate paralelo

Na rádio, Robin mente para Joyce e sai escondida com Will para tentar resgatar Holly. Hopper continua ferido, mas Onze insiste em seguir adiante ao lado dele. Os dois sabem que não há mais tempo para esperar.

A sequência de Robin e Will tentando alcançar Holly sofre com um problema evidente: o trailer já entregou o destino daquela jornada. Ainda assim, a cena ganha força pelo diálogo entre os dois após Will flagrar Robin com a namorada. Ela pede segredo. Ele guarda.

Henry, Vecna e a revelação final

Nancy e Mike conseguem falar com Karen, que revela a verdade mais perturbadora de todas: o “amigo imaginário” de Holly sempre se chamou Henry.

A revelação muda tudo.

Will, então, compreende algo ainda mais assustador: ele não apenas sente Vecna — ele vê tudo o que Vecna vê. É através dessa nova conexão que entende o que aconteceu de verdade: Holly foi sequestrada por Vecna em sua forma mortal. Ele fala com ela, promete que vai ajudar seus amigos primeiro.

Claro que está mentindo.