Stranger Things – T.5, Episódio 1 (recap)- Ecos do Passado, Sinais do Fim

O fim da infância em câmera lenta

A ansiedade é grande. O massacre de divulgação praticamente dissecou cada vírgula do trapo de história. Mas aqui estamos, nos despedindo em etapas de Stranger Things, testemunhando o fim da infância de quatro amigos e as suas adolescências traumatizadas por um monstro psicopata cujo laboratório de origem fica justamente na outrora pacata Hawkins.

Em horas de aventura intensa, surpresas nojentas e ataques violentos, avançamos mais uma casa no jogo final de Vecna: incansável, obstinado — e tão determinado a destruir quanto os improváveis heróis estão decididos a detê-lo.

O passado que nunca passou | 12 de novembro de 1983

A série retoma com um flashback em 12 de novembro de 1983. Voltamos ao período em que Will estava preso no Upside Down, lutando para sobreviver aos demogorgons. Ele é esperto, resistente — mas Vecna é mais forte. Quando o menino desmaia, é alimentado com aquela substância viscosa — seja lá o que for, é nojento — estabelecendo ali a conexão definitiva entre os dois.

“Finalmente podemos começar”, avisa Vecna.
E tudo o que viria depois já estava selado ali.

Hawkins sob cerco | 3 de novembro de 1987

Agora em 3 de novembro de 1987, Holly, a irmã caçula de Mike, ajuda a colocar a mesa quando vê alguém do lado de fora, usando um chapéu. Ninguém mais vê — e ela acena feliz. Os Byers estão em Hawkins, caóticos como sempre, embora ainda não esteja totalmente claro por que vivem ou se hospedam com os Wheelers.

Robin agora é locutora de rádio, com Steve como seu produtor. A explicação vem rápido: Hawkins está isolada e sob controle do Exército. As aberturas para o Upside Down foram fechadas, e a base militar ocupa o centro da cidade. O resumo da situação vem pela própria Robin, que dedica uma canção para a namorada no ar — mas a interferência constante no sinal torna tudo truncado, instável, tenso.

É um rápido momento de certo humor leveza, apesar da opressão em Hawkins: reencontrando aos poucos cada um, entendendo o que houve nos anos que ficaram “presos”.

Os meninos, o orgulho e a fratura

Dustin Henderson chega à escola se recusando a baixar a cabeça. Usa a camiseta do Hellfire Club de forma desafiadora. Os fortões tentam “extinguir” o clube de vez. Quando Dustin está prestes a apanhar, é salvo por Lucas, Mike e Will. O quarteto agora está maior — e mais rachado. Os três reclamam do comportamento impulsivo de Dustin, que atrapalha diretamente os planos de encontrar Vecna.

Mas há algo mais profundo quebrado ali. A memória do sacrifício de Eddie marcou Dustin para sempre.

Onze em fuga | Arma, menina e destino

Dada como desaparecida, Onze foge com o Exército em seu encalço. Seus poderes estão mais fortes do que nunca; o treinamento constante a transformou numa verdadeira arma. Ainda assim, para ela, nada parece suficiente.

Steve e Jonathan disputam a atenção de Nancy enquanto arriscam a própria vida subindo a torre de rádio para estabilizar a transmissão. Em terra, é Murray quem consegue entrar em Hawkins com um carregamento clandestino de armas — e avisa que eles precisam agir logo.

A missão codificada

De volta ao rádio, a equipe passa a se comunicar por códigos. Ao som de “Upside Down”, de Diana Ross, Robin transmite as coordenadas disfarçadas. A missão acontece hoje. Todos estão prontos.

O objetivo é encontrar Vecna — mas, após dezenas de tentativas frustradas, nada. Will passa mal, sente a presença do vilão, mas não consegue localizá-lo.

Mais uma vez, Holly vê o estranho que só ela enxerga.

O laboratório quer a garota

No laboratório do Exército, conhecemos a Dra. Kay, que analisa um demogorgon capturado. Ela diz ao sargento Ramirez que “precisa da garota”. Sim. Da Onze.

Onze quer acompanhar Hopper até o Upside Down, mas ele se recusa. O medo de perdê-la fala mais alto.

Holly, o amigo invisível e a infância em risco

Por conta do amigo misterioso, Holly acaba de castigo. Ela diz que ele a avisou que os monstros de Hawkins querem devorar crianças, mas Mike tenta tranquilizá-la dizendo que isso não acontece. Como proteção simbólica, entrega à irmã uma peça de Dungeons & Dragons.

Will flagra Robin com a namorada e fica visivelmente impactado.

Hospital, túmulos e cicatrizes abertas

No hospital, Will e Lucas visitam Max, ainda em coma. Dustin, depois de se vingar dos bullies com uma cobra, vai ao túmulo de Eddie — e acaba cercado pelos rivais. Ele apanha feio.

A tensão aumenta quando Dustin não aparece no ponto de encontro. Os amigos percebem que ele está mudado, menos confiável — mas ninguém entende ainda a real dimensão dessa mudança. Para nós, que sempre o vimos quase inocente, dedicado e fiel, vê-lo sofrendo assim é ainda mais doloroso: Dustin está isolado. Muito sozinho.

Planos de fuga e cheiro de despedida

Na espera por Dustin, Mike e Onze têm um momento a sós e falam sobre recomeçar em outro lugar depois que Vecna for derrotado. Mais um plano que soa como despedida.

Como não podem mais esperar, a missão começa sem Dustin. Will se oferece para ajudar Steve, mas Joyce o proíbe. Sobra para Jonathan formar a dupla, deixando Will ainda mais frustrado por ser “protegido” e, ao mesmo tempo, infantilizado. Joyce só quer evitar perdê-lo de novo — mas ainda assim, tudo tem cara de adeus. O risco é gigantesco para todos.

O ataque e o gancho final

Em casa, Holly ouve os pais discutirem sobre seu “amigo imaginário” e chora em silêncio. O pior está por vir.

No Upside Down, Hopper está escondido na base militar. A missão avança até que o inesperado acontece: os militares atravessam o portal — e eles, junto com Hopper, são atacados por uma matilha de demogorgons. Will se conecta telepaticamente ao ataque. Joyce consegue tirá-lo do transe, mas ele vê claramente:

Holly é o próximo alvo.

Nancy corre para tentar ajudar.
Mas já é tarde demais.


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