Logo após a fuga dos irmãos Miller, o Xerife de Nottingham está em fúria absoluta. Sua filha — e afilhada do rei — foi ferida por uma flecha de Robin Hood. São nove homens mortos, três fugitivos e semanas, segundo ele, de proteção da floresta de Sherwood ao bando. “Ao menos sabemos que é saxão”, ele rosna. Quer Robin vivo ou morto. E avisa: se o rei Henry II agir como ele imagina, cidades inteiras arderão como punição por terem protegido o fora da lei.
Mais tarde, o próprio xerife comenta com o bispo que nem ele gostaria de ver o primo em batalha novamente. Priscilla se recupera bem — e glamourosa — para o grande evento da noite: a visita da rainha Eleanor.

Eleanor chega informada, curiosa e intrigada por Robin Hood. Desconfia que ele conte com proteção de nobres saxões e quer conhecê-lo pessoalmente. Não por curiosidade apenas, mas para entender suas motivações. “Não atravessei a Inglaterra até esse fim de mundo para apenas desfrutar de um assado”, dispara.
O xerife está visivelmente desconfortável com a presença da rainha — e só então descobrimos seu primeiro nome: Philip. Maid Marian integra a comitiva, mas aproveita a ausência do pai e do irmão para escapar e ir atrás de Robin. Claro.
A “telepatia” dos dois continua perfeita: ela mal desmonta do cavalo, olha para a floresta… e Robin surge. Marian conta que enviou o recado por Will e pelo tio dele. Pergunta sobre os crimes atribuídos a ele; Robin garante que agiu em legítima defesa, e ela acredita. Lamenta a morte do irmão — sem saber quem o matou de fato. Ele pede que ela fuja com ele. Marian diz que não pode. E, sim, ainda fica evidente que ela não sabe que Robin é, na verdade, Robin Hood. Deus…
Para completar o absurdo, ela explica que, a pedido da rainha, precisa intermediar um encontro entre Eleanor e Robin Hood — e pergunta se Robin pode ajudar. Juro. Como ela ainda não associou? Ele diz que pode ajudar. Declara seu amor. Ela responde que o ama “ainda mais”.


Em Nottingham, Eleanor se mostra impressionada com o luxo do castelo e deixa claro que entende que Philip é o favorito do rei. Todos se mostram desconfiados do interesse da rainha pelo fora da lei. O conde de Huntingdon está furioso por estarem promovendo banquetes em vez de caçar Robin.
Marian enfrenta o ciúme de Celena, dama de companhia da rainha, incomodada com a missão secreta que Eleanor delegou à jovem. Priscilla surge para resgatar a amiga do fogo cruzado e quer saber de todas as supostas aventuras sexuais de Marian — que, claro, não existem. O conde de Pembroke se aproxima para saber como Priscilla está e, evidentemente, flertar. Ainda não são amantes, ela garante. Ainda.
Ralph percebe que Robin está perturbado. Dá a ele um presente, claramente já apaixonada — embora chame de gratidão. “Eu faria qualquer coisa por você”, diz, antes de beijá-lo no rosto. À noite, ao lado de Frei Tuck e Pequeno John, Robin fala das tradições saxãs. Os três refletem que, depois dos crimes cometidos, Sherwood se tornou definitivamente sua casa.
No jantar, Eleanor demonstra saber muito mais do que aparenta. Questiona como os nobres estão lidando com a rebelião de Robin Hood e deixa claro que está ali para ajudar a esmagá-la. Huntingdon, bêbado, quebra o protocolo e explode contra o xerife exigindo violência imediata. Passa um vexame. Eleanor, porém, compreende sua fúria — e vai além: questiona a lealdade de todos os nobres presentes. Para ela, Robin só continua livre porque tem apoio. Como prova de obediência, exige que todos assinem um documento solicitando a intervenção do rei Henry. Algo que o xerife nunca quis.
Robin conversa com Milange para entender como ele se juntou ao grupo. A resposta é simples: ali ninguém julga ninguém. Todos são bem-vindos.

Eleanor cobra de Marian a resposta sobre o encontro com Robin Hood e se mostra satisfeita com o sucesso da missão. Marian aproveita para pedir clemência ao fora da lei, dizendo confiar nele. A rainha promete: se Marian a colocar frente a frente com Robin Hood, haverá clemência.
O xerife tenta convencer os nobres a atrasarem a assinatura. Diz que a rainha os manipula para provocar o marido, que ela tanto odeia. Até então, só Pembroke havia assinado. Para o azar de Philip, todos os demais assinam — restando apenas ele em resistência. Ele se recusa por considerar as informações insuficientes para convocar o rei. Assim, rompe oficialmente com Eleanor.
Às escondidas, Robin vai até o quarto de Marian contar que conseguiu viabilizar o encontro com “Robin Hood” — mas alerta que não confia na promessa de clemência da rainha. Insiste para que fujam juntos. Marian, leal a Eleanor, se recusa. Ele, percebendo o quanto ela ainda é ingênua, segue sem revelar sua verdadeira identidade. Ela o convida para passar a noite. Pela manhã, ele volta a pedir que ela fuja. Marian diz que não quer viver escondida para sempre. Marca então um último encontro antes de voltar a Westminster, quando levará o documento de clemência e ele poderá deixar Nottingham como homem livre.
Priscilla confronta o pai por sua recusa em assinar o documento. Philip explica que o que Eleanor fez foi trazer a guerra para Nottingham — e que Henry é implacável. “Quando a guerra chega, não há controle. Ela devora tudo.” Para proteger a filha, ele promete fazer qualquer coisa. Inclusive enfrentar a rainha. Na investigação seguinte, Philip descobre a prova definitiva: Robin Hood é Robin Locksley.

Pequeno John tenta impedir que Robin vá sozinho ao encontro. Diz que ele já não é apenas um homem — agora é líder, símbolo, herói dos oprimidos. Robin não quer ouvir.
Eleanor aguarda por Robin Hood ao lado de Pembroke. Sob a proteção da noite, ele chega. Falam em francês — e ela percebe imediatamente que se trata de alguém bem-nascido. A sós, ela o interroga sobre suas motivações. Ele questiona as dela. Eleanor revela seu verdadeiro plano: tirar Henry da França, trazê-lo à Inglaterra e abrir caminho para Richard. Para isso, precisa que Robin intensifique suas ações até se tornar impossível ignorá-lo. Sim: Robin Hood é, oficialmente, recrutado pela rainha.
Em troca, ele pede a mão de Marian de Huntingdon. Eleanor se surpreende com a pureza do desejo — e então descobre que ele é um Locksley. A única pessoa que continua sem a menor pista é Marian. A rainha aceita o acordo: libertará Marian quando o rei for provocado a vir. Mas o adverte: “Será que Marian ainda vai querer estar com você quando souber quem você é?”. Ele não tem tempo de responder. O acordo convém a ela. E assim, ela se despede do “Príncipe dos Ladrões”. Como diz o título do episódio: Bound by Love, Divided by Lies.
Priscilla e Pembroke, finalmente, tornam-se amantes.
No castelo, Eleanor recebe a visita de Philip. Ele anuncia que sabe quem é Robin Hood. Que irá capturá-lo e matá-lo. E que conhece a estratégia dela. Em gesto simbólico, joga no fogo o documento assinado pelos nobres. Agora, os dois são inimigos declarados.
Por fim, o conde de Huntingdon confronta Marian por estar sendo ignorado pela própria filha. Na discussão, revela — sem qualquer delicadeza — que foi Robin quem matou seu filho. Marian descobre da pior forma possível. Chora, destruída. Sem saber ainda que Robin Locksley é Robin Hood. Sem saber que ele acaba de negociar seu destino com a rainha. E que, talvez, tenha negociado mal demais.
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