Depois do angustiante episódio da semana passada, o penúltimo da temporada é mais direto. “As Luzes se Apagam” marca finalmente uma parte decisiva do objetivo da jornada de Downey.
Ele é o primeiro a chegar à ilha onde Dinah está escondida. Os agentes do governo britânico estão irritados com a missão de “babá eletrônica”: a agente mulher fica responsável pela menina enquanto os homens vão bater uma bola para se distrair. Downey elimina os dois com tiros precisos, mas há um momento de dúvida porque Amos está em seu encalço — por alguns instantes ficamos sem saber qual dos dois matou os seguranças.
A agente corre com Dinah, certa de que serão mortas, mas a menina reconhece o tio e corre para seus braços. Mal conseguimos respirar, porque sabemos que o perigo maior está a poucos passos dali.

Em Oxford, a sogra de Zoe liga para o detetive Varna: a nora desapareceu e ela quer entregar a ele o envelope com as provas importantes que Zoe havia deixado sob seus cuidados. Onde está Zoe? Nós sabemos: em alto-mar, com Sarah, tentando navegar até a ilha que não existe nos mapas.
A travessia das duas é turbulenta — pelo mar revolto que deixa Zoe muito enjoada e porque Sarah não sabe navegar sem um rumo certo. O capitão do barco segue trancado na cabine e as duas não querem libertá-lo. Tudo indica que dará errado. O combustível acaba, e elas não têm escolha senão pedir ajuda ao próprio capitão.
Downey toma mais uma dose do remédio (que está acabando) e já se encontra em más condições. Seu carinho com Dinah nos emociona justamente porque sabemos que não há futuro ali. Amos, que chega à ilha com facilidade porque monitora Dinah pelo localizador escondido no ursinho de pelúcia, já está em terra firme — calmo, metódico, avançando como o homem de ação que é.
Sem alternativa, para não ficarem à deriva, elas soltam o capitão. Ele usa o combustível extra para encher o tanque e explica que a ilha “desaparecida” foi roubada pelos ingleses para a instalação de um posto militar. Ele se recusa a se aproximar por isso — e pelo ódio que sente dos ingleses. Sarah então revela a verdade: precisa da ajuda dele porque a base militar, teoricamente abandonada, está sendo usada em um plano encoberto pelo governo britânico. Quando entende que se trata de ir contra os ingleses, o capitão aceita ajudar. Ele muda o rumo do barco: sem ele, as duas jamais chegariam ao destino.

Amos chega à base e é visto por Downey pelas câmeras de segurança. A perseguição é angustiante, como precisava ser. O ex-soldado tenta esconder Dinah antes de confrontar Amos.
Enquanto isso, Zoe conversa com Sarah sobre Joe, ainda dilacerada pela morte do marido — que se envolveu com a restauradora e acabou tragado pela conspiração. Apesar do casamento em crise que vimos no início da temporada, ela confessa que os longos anos de união agora parecem poucos sem ele. E então cita a poesia de Philip Markin que dá nome ao episódio e à série, um dos poemas favoritos de Joe:
“Quando as luzes se acendem às quatro, ao final de mais um ano?
Dá-me seu braço, velho Sapo, acompanhai-me pela Cemetery Road.”
Ninguém declama poesia com a precisão dramática de Emma Thompson. Zoe diz que Sarah a faz lembrar de Joe: uma pessoa obcecada, sempre atrás de algo maior do que suas próprias habilidades. Sarah responde que, se ela quiser chorar e se lamentar, não contará a ninguém — mas o luto de Zoe é outro: “Quero machucar alguém”, ela confessa.
Varna agora está com os laudos falsos de autópsia dos soldados e tudo indica que ele entrará em contato com a Secretaria de Estado. Essa conspiração ainda custará mais vidas, pelo que parece. C é convocado novamente. A secretária já está ciente da denúncia e o interroga sobre o Dr. Wright. Diante da recusa de C em ser sincero, ela avisa que irá investigar.

Ao chegarem à ilha, Zoe e Sarah veem o bote de Amos na praia. O capitão as deixa ali e vai embora. Não há mais volta. As duas seguem sozinhas para as instalações militares. Downey leva Dinah e a agente por outro lado da base. Todos estão, finalmente, no mesmo lugar.
Claro que, por ser série, enquanto Amos ainda está distante, Sarah e Zoe chegam imediatamente ao ponto em que Downey está com Dinah. Finalmente Sarah encontra a menina que tanto procurava. O problema é que essa reunião distrai todos enquanto Amos se aproxima. Downey tem apenas uma pistola e pouca munição; Amos tem munição para dez homens. Ele abre fogo. Dinah se assusta e corre para Downey. A agente que cuidava dela é a primeira vítima.
Downey explica que todos precisam fugir — caso contrário, Amos matará todos. Como ele é o alvo direto do assassino, se oferece como isca. As mulheres devem buscar o bote na praia e fugir. Não é um bom plano, mas é o único que têm.
A tensão cresce porque Amos vai diretamente ao esconderijo. Downey, já tendo tomado o último remédio, consegue afastá-lo. A sequência é sufocante porque conhecemos a precisão do assassino. Ele consegue sua vingança: mata Downey assim que a munição do ex-soldado acaba. Há um alívio cruel por Downey não precisar mais sofrer — mas é devastador assistir à vitória de Amos. O vilão ainda avisa que vai matar Dinah e Sarah, porque quer que Downey saiba o que é perder quem se ama.

Amos retorna à base antes que as mulheres consigam escapar. Agora é Zoe quem se oferece como isca. Ela combina com Sarah de se encontrar no bote e corre em outra direção, com Amos em seu encalço. Ele quase a atinge várias vezes, mas o famoso plot armor entra em ação. Sarah consegue alcançar o bote e volta para resgatar Zoe, tornando-se alvo fácil. Zoe percebe o desespero: se correr, volta a ser o alvo; se ficar, Sarah e Dinah morrem.
Na praia minada, os tiros de Amos detonam os explosivos, e ficamos com a aparente morte de Zoe atravessada na garganta. Sarah foge em prantos. Como ainda temos mais um episódio, sabemos que essa história não se encerra aqui. Pelo menos vemos que o capitão escocês ainda está por perto, assistindo a tudo do barco.
Amos entende que ainda restam duas pontas soltas, e matar Dinah faz parte de sua vingança. O perigo continua absolutamente iminente.
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