Isabelle acorda com um homem ao seu lado. Quando ele tenta retomar o sexo, ela simplesmente se levanta, sem dizer uma palavra, e o expulsa da cama. Ele a obedece.
Rosamunde entra assim que ele sai, elogiando a “vitalidade” da Marquesa, mas vai direto ao ponto: Isabelle recebeu a carta? O destino de Merteuil será decidido no dia seguinte, em Versailles.
A tia de Valmont não acredita nas chances da amiga. Gercourt, segundo ela, já tem a aprovação do Rei para tomar tudo de Isabelle. Nada, porém, abala sua confiança. Em vez de fugir para Londres, como lhe aconselham, Isabelle decide falar diretamente com o Rei. Antes disso, queima os cheques que Rosamunde havia feito para ela. Não haverá dívida, nem dependência.


Como todo abutre, Madame de Volanges aparece no palácio para fazer o inventário da queda anunciada. A troca de insultos é reveladora: De Volanges acredita que Isabelle enganou seu irmão, mas, assim como fizera com Rosamunde, a Marquesa não recua um centímetro.
Danceny vai se despedir de Rosamunde. Os dois têm um momento de intimidade contida, quase uma pausa emocional antes do desastre.
Isabelle então ensaia seu papel de vítima para conquistar o apoio de Valmont. Ao chegar ao palácio dele, encontra-o com Cécile, agora amantes. Valmont resiste: a posição dele é menos arriscada do que a dela. Quando finalmente ficam a sós, ele propõe casamento, agora oficialmente. A cena é interrompida por Danceny, que o desafia para um duelo por causa de Cécile. Isabelle, sempre audaciosa, desafia Danceny a atirar nela, já que foi ela quem recomendou Cécile a Valmont. Claro que ele não atira.
Cécile e Danceny se entendem. Valmont, então, entrega a Isabelle todas as cartas que trocaram e que a incriminam. Diz-se um homem mudado, porque a ama. Isabelle desconfia, e com razão. A série se afastou tanto da história original (que era perfeita) que o último episódio se torna difícil de acompanhar se alguém ainda espera lógica.

Ainda assim, Isabelle e Valmont se beijam, apaixonados, e passam a noite juntos. O mesmo acontece com Cécile e Danceny, mas o músico exige detalhes das relações dela com Valmont. O ciúme o consome.
Isabelle sonha com o casamento, mas suas convidadas vestem luto. Ao despertar, vagueia pela casa e encontra Cécile fazendo o mesmo. É quando descobre uma carta de Valmont para Rosamunde, celebrando sua vitória e declarando amor verdadeiro. Valmont a flagra, mas a leitura de Isabelle é definitiva: tudo não passou de um jogo. “Eu fiz de você um monstro”, ele diz. Isabelle o deixa e segue para Versailles.
No palácio real, Isabelle apresenta sua versão dos fatos ao Rei, em uma cena muda, em que não ouvimos suas palavras. Ele a absolve, convencido de sua sinceridade. Sim, agora ela é, oficialmente, a Marquesa de Merteuil. Gercourt espuma de ódio. Rosamunde sorri, orgulhosa. A moeda de troca é revelada: Isabelle torna-se a nova amante do rei da França.

Em uma carta de despedida para Valmont, descobrimos que ele e Danceny duelaram, como na história original. O Visconde perde de propósito, porque perdeu a vontade de viver. Sua morte é uma homenagem ao filme de Stephen Frears, mas invertida. Ele não morre por Madame de Tourvel, e sim por Merteuil.
É essa a leitura que julgam interessante para um “novo público”?
Merteuil – A Sedução se junta a The Buccaneers como um dos maiores crimes de adaptação dos últimos tempos. Não acrescenta, não atualiza, não faz sentido. Nem o uso de Hallelujah no final consegue provocar emoção — de tão constrangedor. Ainda bem que acabou.
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