Para uma série que se propõe a amar Los Angeles, é curioso — e revelador — ver suas protagonistas felizes, ou ao menos anestesiadas, do outro lado da costa, em Nova York.
Maya está surtando com o “tempo” que decidiu dar em seu relacionamento com Dylan. Nem Tallulah nem Alani conseguem acalmá-la. Intensidade sempre foi sua assinatura; agora, somada à ansiedade, só piora tudo. Mesmo contra o acordo de evitar contato por uma semana, Maya quebra a regra e manda uma mensagem. A resposta? Um emoji. Para alguém que precisa de validação constante, é gasolina no incêndio.

Ver Tallulah como a voz da razão chega a soar estranho — mas calma, não dura nem cinco minutos de episódio. No ateliê de Antoine, ela espera vestidos modernos, coloridos, com humor. Em vez disso, recebe um longo preto, elegante e clássico: tudo o que não representa sua juventude nem sua imagem. Ao tentar argumentar, é lembrada de que não é modelo, mas “a influencer que rouba coisas”. Com Maya completamente absorvida por Dylan — ignorando a amiga e desabafando com modelos —, Tallulah faz o que sabe fazer melhor: rouba a peça que Antoine se recusou a lhe dar.
Enquanto isso, Maya segue em modo verborragia, falando sem parar sobre Dylan, convencida de que ele a está traindo com Claire. Nem mesmo as modelos, tentando cortar o assunto (“você devia aproveitar o break como a gente”), conseguem fazê-la se tocar. A solução? Mandar mensagem para Ben pedindo dica de restaurante. Tallulah, claramente desconfortável, apressa a saída do ateliê. Diz que “amou” o vestido clássico, mas sabemos que a fuga tem outro motivo.
Em Los Angeles, Dylan também está surtando, organizando a validade dos produtos da casa quando Charlie aparece de surpresa. Ele confessa que se arrependeu da regra dos sete dias sem contato e que achou a mensagem de Maya fria demais. Quando Charlie descobre que ele respondeu apenas com um emoji, entra em pânico: para Maya, isso soa como agressão.
Dylan ensaia responder, mas Charlie o interrompe. Talvez — ele sugere — o comportamento de Maya seja uma estratégia emocionalmente manipulativa. Se Dylan não responde, não se importa; se responde, não respeita o acordo. É uma armadilha. Dylan admite estar exausto, sempre evitando gatilhos, sem espaço para ser autêntico. A conversa vira uma reflexão torta sobre relações e dependência emocional.

No jantar com Alani e Tallulah, o assunto continua sendo Dylan. Maya racionaliza que “precisa ficar com outros” para poder voltar para ele. As duas concordam, com argumentos tão millennial-zillenials que dão até vertigem. O escolhido para cumprir essa função é, claro, Ben. Ele se aproxima das três; Alani elogia o fato de ele usar uma aliança. Ben elogia Tallulah dizendo que ela é “um peixinho em um lago maior” e ela se ofende. Sem nenhuma sutileza, Alani avisa que Maya está solteira. Ben, que janta com a esposa, combina de visitar Maya no hotel no dia seguinte. Nada ali parece promissor.
De volta ao papo com Charlie, Dylan lista tudo o que o irrita em Maya, com o amigo fingindo ser ela. Logo a conversa desvia para Andrew, ex de Charlie. Mas fica claro: Dylan é um tédio emocional até para quem tenta ajudá-lo, sua fantasia é assistir a um documentário sobre o Vietnã em vez de sair com outras mulheres.
Em Nova York, Maya e Tallulah acordam chocadas ao perceber que fizeram tatuagens bêbadas. O surto vira pânico quando Tallulah se dá conta de que o vestido roubado vai deixar a tatuagem ainda mais visível. Paralelamente, Alani descobre que o pai tem uma amante.
Charlie tenta ajudar Maya com Dylan, mas se engana sobre a ligação que ela faz. Maya não quer falar do namorado; quer desabafar sobre Tallulah. Isso só deixa Dylan ainda mais chateado.

O “caso” entre Maya e Ben começa de forma estranha e perturbadora. Ele lhe oferece um emprego, mas antes, em vez de sexo, manda que ela se masturbe e Maya obedece. “É assim que você funciona”, ele diz. “Você gosta.” É tóxico, bizarro e desconcertante. A sensação é de tontura compartilhada.
A “namorada” do pai de Alani se revela uma stalker, que o esfaqueia. Ainda assim, a cena é tratada com um tom tão absurdo que Alani parece mais aliviada com o pai ferido do que com a ideia de ele ter uma amante.
Charlie aparece em Nova York com um vestido novo para Tallulah, o preto definitivamente não funciona. Maya conta a ele sobre Ben e diz que não quer trabalhar para ele, apesar do salário incrível. Pergunta por Dylan, e Charlie garante que ele a ama. Maya decide ligar. Do outro lado da linha, Dylan está com Claire. Finalmente, Maya consegue a confirmação que parecia buscar desde o início: a traição.
Aproveitando a viagem, Charlie visita o ex-namorado e os dois reatam.
O ataque da stalker fecha ruas da cidade e atrasa Maya e Tallulah, que precisam pegar o metrô para o evento. Contra todas as expectativas, tudo parece, enfim, estar dando certo, o que, nessa série, costuma ser apenas o prenúncio do próximo colapso.
Descubra mais sobre
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
