Em menos de 24 horas, avançaremos mais um pouco dentro do caos que tomou conta de Hawkins. Não rumo à conclusão — essa está guardada para a virada do ano —, mas para um território igualmente decisivo, em que cada escolha pesa, cada silêncio diz mais do que gostaria e nada parece realmente sob controle.
Quando paramos, Hawkins já não era apenas uma cidade ferida: era um espaço rasgado. O Mundo Invertido deixou de ser ameaça distante para se tornar presença física, infiltrada no cotidiano, no chão que se pisa, no ar que se respira. As fendas abertas não são só geográficas; são emocionais. Cada personagem carrega a marca de uma falha anterior, de algo que não conseguiu impedir.
Will voltou ao centro da narrativa não como vítima, mas como elo. Sua conexão com o outro lado — antes sinônimo de trauma — agora é também conhecimento, sensibilidade, talvez até arma. Isso muda o tabuleiro. Pela primeira vez, o grupo não reage apenas ao mal: tenta antecipá-lo. O problema é que esse acesso cobra um preço, e o corpo de Will continua sendo o campo de batalha mais vulnerável.

Eleven, por sua vez, já não luta apenas contra Vecna. Ela enfrenta o peso de ser, mais uma vez, a última linha de defesa. Seus poderes retornaram, mas não intactos: há hesitação, há desgaste, há o cansaço de quem já salvou o mundo vezes demais antes de completar a adolescência. A ideia de que “temos duas Elevens” não é exatamente um alívio — é um lembrete de que o conflito agora exige sacrifícios duplicados.
Enquanto isso, o grupo se fragmenta entre estratégias imperfeitas. Hawkins não pode ser evacuada. O governo observa, desconfia, ameaça. Vecna — cada vez mais próximo, mais confiante — fala em um “novo mundo” como quem já venceu metade da guerra. Não é bravata. É convicção.
Esses três episódios não trarão respostas finais. Não fecharão feridas. Mas colocam tudo em risco: vidas, vínculos, certezas. São capítulos de transição, sim, mas também de perda, de preparação e de escolhas que não poderão ser desfeitas quando o relógio finalmente virar.
A conclusão vem depois. Por ora, Hawkins precisa sobreviver ao próximo movimento. E isso, como sempre em Stranger Things, nunca foi simples.
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