Ainda não fechamos a temporada e as 24 horas de Tommy Norris seguem sendo exaustivas. Acordamos, mais uma vez, com uma briga de Angela, sempre ela. Tommy tomou viagra e está em permanente estado de alerta (sim, é assim que começamos), o que assusta a funcionária do serviço de quarto. Qualquer coisa vira gatilho para Angela perder completamente a linha.
Cooper e Ariana, por outro lado, acordam em tom oposto: suaves, cúmplices. Falta apenas mais uma pessoa pedir a mão dela e Cooper sofre tanto quanto o pai, ao que tudo indica.
Já que todo mundo começa o dia na cama, Rebecca acorda no trailer de Charlie. O profissionalismo ficou pelo caminho. Ainda assim, o romance transforma um café da manhã no meio do deserto — poeira incluída — em algo estranhamente romântico. Charlie, claro, dá uma aula de geologia. Entre flertes de início de namoro, o assunto rapidamente vira trabalho: o relatório dele é vital para tentar salvar a empresa. Rebecca quer números precisos e prazos claros, mas Charlie lembra o óbvio incômodo da prospecção: tudo é risco.

Na macholand dos perfuradores, sábado de manhã significa cerveja, calor, poeira, carros e mulheres de shorts curtos. É a equipe de Dale, ainda digerindo as consequências do acidente do início da temporada. No churrasco, os homens bebem e riem; as esposas ficam dentro da casa, usando peças mínimas. O papo sobre aposentadoria, para Dale, é pura utopia. Mesmo o risco compensa. Ele é viciado em adrenalina.
A volta dos Morris para casa acontece em silêncio sepulcral. Angela continua furiosa por causa da discussão da manhã, seu estado padrão em praticamente todas as cenas: xingando, irritada, sempre à beira da explosão. Quando ela se afasta, TL assume o papel conciliador: pede para Tommy ir devagar, para parar para comer, para diminuir o ritmo. A lentidão vira filosofia de vida. O filho deve aproveitar cada segundo, porque, se não, os problemas continuam sendo apenas problemas.
Cooper vai buscar a mãe e a irmã no aeroporto, mais uma oportunidade para ouvirmos Ainsley agredir verbalmente o irmão. Nem Angela aguenta e precisa mandá-la parar. O encontro, porém, tem um propósito: Angela entrega a Cooper a aliança para que ele peça Ariana em casamento.
Rebecca desabafa com Nathan: os cálculos de Charlie — cuja intimidade o incomoda — não são nada otimistas. A confusão herdada de Monty custa caro: pelo menos 400 milhões de dólares. Os advogados já se organizam, porque a disputa certamente vai parar nas mãos de um juiz. Nathan confronta Rebecca imediatamente pelo relacionamento com Charlie: conflito de interesses. Pior ainda, todos terão que ser informados. Ela sai furiosa, como sempre, quando entra em modo profissional.

Em 36 minutos de episódio, como se vê, quase nada acontece. Cooper segue empenhado no pedido de casamento. Três horas depois, Tommy chega em casa e se desespera quando TL demora a acordar. Não: é só para nos fazer pensar que ele morreu. Nada disso.
Rebecca vai até Tommy para contar sobre o relacionamento com Charlie. Ela chora; Tommy mal reage. Rebecca se sente aliviada. O que realmente o incomoda é o fato de Nathan tê-la obrigado a assinar um documento formalizando o conflito de interesses. Para Tommy, Rebecca não é inimiga. Trabalhando 12 horas por dia, onde exatamente ela conheceria alguém fora do trabalho? Ele decide que, a partir de agora, vai impor limites e começar a aproveitar a vida.

Angela ainda está “de mal”, mas Tommy a chama para conversar. Ele se declara, o que faz Angela derreter instantaneamente. Ela lista tudo o que quer da vida; os dois se beijam. Dentro da casa, Ainsley, Nathan, TL e Dale chegam à conclusão de que a imaturidade do casal é o segredo do sucesso. Eu chamaria de neurose, mas vamos respeitar o consenso do grupo.
Cooper prepara um cenário exageradamente romântico para pedir a mão de Ariana. E, mais uma vez, o tema retorna: viver cada minuto como se fosse o último. Uma insistência que deixa menos inspirada do que preocupada, especialmente porque ainda há episódios pela frente.
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