O pânico de ouvir o serial killer Dennis Nilsen contar seus crimes

O documentário da Netflix, Arquivos de Um Serial Killer é quase o material de pesadelos. Hoje não sabemos mais a história de Dennis Nilsen, o ex-policial que matou pelo menos 16 pessoas nos anos 1980s em Londres e só foi pego porque, ao se desfazer de parte dos corpos, entupiu os canos do prédio onde morava. Segundo ele falou quando foi preso, “eu mataria até 150 se não fosse pego”.

Dennis é considerado o pior serial-killer da história no Reino Unido, superando lendas como Jack, o estripador não apenas pelo número de vítimas, mas como executava seus assassinatos.

Ele foi preso em 1983, quando vizinhos chamaram um bombeiro para resolver o entupimento do prédio. Para seu pânico, o que estava causando o problema eram restos de ossos e ele humanas descarregadas no vaso sanitário do último andar, onde morava Dennis. Ele era um vizinho estranho, mas quieto e funcionário público, metódico. Não chamava atenção.

A polícia encontrou os restos dos corpos dentro do apartamento e o prendeu. Querendo entender se eram três pessoas, se chocou quando o próprio Dennis falou que eram “15 ou 16”. É que, ao longo de cinco anos, ele levava jovens vulneráveis para casa e os estrangulava. Depois, escondia os corpos embaixo das tábuas do piso. Quando não mais dava, queimava os corpos.

O tocante da narrativa, no entanto, não é ficar buscando as motivações do assassino, mas como a sociedade de certa forma permitiu que ele agisse tão livremente. Até hoje pelo menos metade das vítimas não foram identificadas porque eram jovens homossexuais que fugiam de casa ou escondiam suas preferências sexuais.

Muitos livros e documentários estudaram o caso, até porque Dennis gostava de falar. Mas esse documentário teve acesso exclusivo aos objetos pessoais deixados por Nilsen em sua cela após a morte, incluindo fitas cassete com mais de 250 horas de gravações inéditas. Ouvimos os investigadores e o próprio Dennis recontando todos os casos. É apavorante.


Descubra mais sobre

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Deixe um comentário