Pior do que refazer o que já foi bem feito é tentar inovar tanto que fica sem sentido ter usado o original para começar. É o caso de Atração Fatal, aparentemente.

Me queixei do fato de que, na regravação, mantiveram alguns dos ‘problemas’ de Alex Forrester, como sua instabilidade emocional e mais ainda, a “inocência” de Dan Gallagher. Tirar a passividade da esposa e trazer os problemas que ele passaria a ter com sua filha, foram atualizações interessantes, porém a série passou a ser um conteúdo de “quem matou Alex” com alguns suspeitos na minha lista, algo que confesso ter errado. A escolha para o assassino foi surpreendente, mas talvez tanto que não faz nenhum sentido. Ficou até cômico. Assim como ficou bizarro transformar a filha de Dan, Ellen, em uma mini-Alex. Pois é.

A conclusão da série agora está na estrada do dramalhão e das surpresas gratuitas. O que confirma o grande erro de tentar surfar no acerto de outros. Atração Fatal merecia uma releitura moderna, uma que não colocasse a figura feminina tão tediosamente clichê. Pena que a onda esteja longe de acabar!