And Just Like That Lembra Vivienne Westwood

A história da estilista Vivienne Westwood é fascinante e parte dela está na série Pistol, disponível no StarPlus Embora em geral é perigoso e injusto resumir algumas iniciativas, no caso dela é apenas correto afirmar que inventou o look dos anos 1980s. A moda punk, depois transformada na ‘new wave’, nasceu na sua loja em Londres, fruto de sua inconformidade política, social e mais ainda, de sua genialidade criativa. Ao longo das décadas seguintes, Vivienne se estabeleceu como uma das designers mais requisitadas e respeitadas do mundo fashion e sem surpresa, era uma das estilistas endeusadas por Carrie Bradshaw em Sex and the City. Tanto que assina o icônico vestido de noiva da personagem, parte importante da trama do filme e do canon da série.

Vivienne faleceu aos 81 anos anos, no final de 2022, quando as filmagens de And Just Like That ainda estavam rolando em Nova York. Quando vimos que Carrie iria voltar a usar o vestido, ficamos tentando entender o contexto. Agora ficou claro. A homenagem foi emocionante, suave e muito elegante, o que nos faz relembrar o histórico do modelo.

No longa de 2008, Carrie é convidada pela revista Vogue a posar como a noiva de 40 anos e temos um clipe de várias marcas e vestidos de estilistas famosos, mas é o modelo que estava na coleção de outono/inverno 2007 da Vivienne Westwood Gold Label que se destacou. No catálogo é chamado de ‘Wake Up Cave Girl’ (acorde garota da caverna) e, segundo a estilista, foi “inspirado na técnica de lapidação de diamantes”.

Em uma cor perolada e em camadas, o vestido é ousado e romântico (só não curto ainda o pássaro verde na cabeça) e acabaou sendo presenteado à Carrie pela própria Vivienne, que teria amado as fotos. Nada poderia estar mais distante da realidade! Primeiro, Patricia Field, a figurinista, tinha preferido o vestido preto Zac Posen, que acabou com Charlotte no filme, porque achava que para se casar com Mr. Big, Carrie deveria e teria escolhido o luto, para ser fiel à complexa relação tóxica que tinha até então com ele (e um pouco depois também). Segundo porque, reza a lenda, que a estilista deixou o cinema apenas 10 minutos depois do filme começar (ou seja, mais ou menos logo depois de ver seu vestido nas telas) porque não curtiu o trabalho de Patricia (“Achava que ´Sex and the City´ seria sobre o mais inusitado, o melhor da moda, mas não havia nada remotamente memorável ou interessante no que vi”, disse na época). E terceiro, porque o modelo passou a ser um de seus mais vendidos, mas jamais foi presenteado a Sarah Jessica Parker, que por contrato fica com as ropuas usadas por Carrie. Isso mesmo, a atriz explicou em entrevistas que ter o vestido na série demandou uma longa, detalhada e delicada negociação. Portanto, um momento ultra especial dentro e fora das telas!

Na rápida sequência do episódio que abre a segunda temporada da série, Carrie está com um problema para ir ao MET Ball: seu vestido não está pronto, por isso precisa encontrar um substituto à altura no seu armário. Não há mulher que não sonhe com aquele armário da personagem, cujo tamanha é incrívelmente apertado para o volume de peças – caras e icônicas – que abriga. O tema do baile era ‘veiled beauty’ (beleza velada) e ‘and just like that‘ (apenas assim), a escritora lembra que tem um Vivienne Westwood guardado e que nunca foi oficialmente usado por ela. Não há menção de Big (por conta do relacionamento desgastado do elenco com o ator Chris Noth após as acusações de abuso sexual) e é, na verdade, uma singela homenagem em memória da estilista. Tanto que usa a canção Hong Kong Garden, de Siouxsie and the Banshees, uma das bandas que surgiram via Vivienne e liderada po sua amiga pessoal, Siouxsie Sioux. Teremos post à parte sobre a canção, mas ficou fabuloso.


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