Nostalgia no tom certo

Antes do episódio da semana, o penúltimo da temporada de And Just Like That ir ao ar, revi o 7º episódio da Tempoarada 4 de Sex and the City, aquele no qual Carrie pede desculpas à Aidan após a primeira traição com Big. Foi o episódio onde ela criou pela primeira vez seu e-mail no AOL e mandou uma mensagem para o ex (assim como fez em And Just Like That), no qual explicaram o que era Internet, que Charlotte desiste de trabalhar e onde ouvimos o clássico grito de Aidan: “you broke my heart”. Passados quase 25 anos entre um e outro, é muito emocionante para as fãs ver onde o casal chegou, embora o caminho tenha sido tão doloroso. Foi um bom episódio.


Tenho sempre citado como essa temporada tem sido de respostas diretas para o fandom e segue assim. As personagens que soaram tão distantes na temporada anterior literalmente voltaram a ser o que eram quando a conhecemos e há um conforto de reencontrá-las. Se não soubéssemos a surpresa da ‘volta’ de Samantha, o teaser que dão aqui seria ainda mais emocionante quando acontecer.

Foi um episódio que poderia ser o mais próximo da fórmula original e é bom apreciar isso. Continuo desconfiada de que estamos testemunhando o capítulo final “mesmo” da franquia e é bom revê-las em um lugar mais sereno e atual. Falamos de querer novidade e que sigam em frente, mas está costurando (finalmente) para um lugar mais redondo.

Carrie nos pergunta, via Miranda, se a perfeição e equilíbrio que tem com Aidan não mostraria que era ele o melhor sempre e se ela teria feito um grande erro ao escolher Big. Vamos lá, Carrie: não. E sim. Mulheres do nosso tempo – seu e meu – cresceram com a convicção que o homem certo mudaria quando encontrasse o verdadeiro amor, portanto os colaterais do caminho eram obstáculos da vida para a felicidade plena. Há 25 anos era o que queríamos, hoje sabemos que não é assim. Big era tóxico, era errado e não merecia 6 temporadas como ganhou em Sex and The City (mais dois filmes) para eternizar esse ideal romântico errado. PORÉM, como falei aqui no blog várias vezes, a personalidade dele mudou 180o quando definiu que queria mesmo ficar com Carrie e apenas Carrie. Ele foi um marido maravilhoso, exatamente a fantasia da geração X e que os millenials sabem ser irreal. Sua morte foi providencial para encerrar esse capítulo. A pergunta que Carrie deveria esta fazendo é se Aidan está fazendo um erro em se jogar na terceira tentativa com ela. E se ela, dessa vez, vai mesmo mudar. A série sugere que sim, e okay para os dois. O ideal de Aidan teria sido ser amigo, mas jamais amante dela novamente, mas a vida dá voltas, todos aprendemos e sim, todos merecem um final feliz. Cada um sabe onde a felicidade está.

Fica a dica: vale rever os episódios seguidos, são costurados e comprovam porque gostamos tanto da franquia!


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