Hoje, no Brasil, é Dia dos Pais. Segundo domingo de agosto, todo ano. Sempre pedem listas para assistirmos com o pai, filmes e séries com bons pais… e não muito inovadora. Aqui em Miscelana compartilho as grandes influências que meu pai me deu com gosto por trilhas sonoras e filmes. E sempre foi eclético! Podemos falar da franquia 007 com a mesma paixão que nosso filme favorito, A Filha de Ryan. Enquanto 007, mesmo em tempos atuais, dá para passar, o Ryan, de A Filha de Ryan é “complexo”, para evitar spoilers. Por isso vamos falar de outros exemplos paternos?

TED LASSO
A maravilhosa série da Apple TV, Ted Lasso, tem grande foco em figuras paternas e sua relevância nas personalidades das pessoas. Ted (Jason Sudeikis) mesmo é um homem em conflito com a trágica vida de seu próprio pai e tem como motivo para suas decisões a felicidade de seu próprio filho. E todos à sua volta, praticamente. Vemos pais horríveis para Rebecca, Roy, Jamie e Nate, com um exemplo inspirador no pai de Sam. Como esquecer o episódio do funeral do pai de Rebecca? Ou o fim da série, com Ted abrindo mão de tudo para ser um pai presente para Henry?
Sem dúvida a opção mais segura de curtir com o pai no domingo.
THE WITCHER
Geralt de Rivia (Henry Cavill) é o pai ideal e adotivo de Cyri e a história segue por isso. Ele é um pai durão, um tanto ausente quando vai salvar o mundo e a filha dos monstros, mas sempre encontra a princesa de volta. É para pais que gostam de fantasia e ação!
GAME OF THRONES
Os exemplos paternos em Game of Thrones são medonhos e não melhorou em House of the Dragon. Porém, entre todos há o exemplo de Ned Stark (Sean Bean) cuja breve passagem em apenas uma única temporada, marcou a alma de todas demais.
Ned vem de uma família unida, mesmo que longe de perfeita. Seu pai é mostrado em um único episódio como duro e compelindo ao filho de evitar conflitos, mas ganhar como puder quando estiver entre vida e morte. Ned, no entanto, era doente por integridade, por seguir as regras, por ser honesto. Que surpresa quando descobrimos o que omitiu por uma vida inteira!
Com seus filhos ‘verdadeiros’, Ned foi duro, porém coerente e compreensivo. Não o vemos interagindo com os meninos, mas podemos imaginar que havia uma pequena diferença. Robb, como primogênito e herdeiro de Winterfell, foi encorajado a ser justo, mas exímio soldado também. Bran e Rickon tiveram menos tempo, mas com eles Ned encorajava estudos e sonhos, sem excluí-los de sua atenção.

Com as filhas é onde Ned se destacava entre os homens de seu tempo. Elas precisavam casar, isso ele não negava, mas ele alimentava como podia a liberdade de escolha delas. Como Sansa sonhava em ser Rainha, ele não viu como opor à proposta de Robert Baratheon de casá-la com seu filho, Joffrey. Tenho certeza que se ela não amasse a ideia (antes de descobrir e viver a verdade para mudar de posição), Ned tentaria dissuadir a união de alguma forma. A felicidade de Sansa era tão importante como a dele, apesar de ter tudo que sacrificar Lady depois que ela e Arya se meteram na confusão com os Lannisters. Falhas existem!
Arya foi a filha preferida de Ned, sem dúvida, porque o lembrava de sua irmã, Lyanna. Arya queria lutar como os homens, viajar, ter aventuras. Sabendo o inevitável, providenciou que tivesse aulas, mesmo que partisse seu coração.
E o suposto filho, Jon Snow, na verdade sobrinho, demonstra o melhor perfil de Ned Stark como pai. Por ele, Ned compromeeu seu legado, sua família e sua vida. Um amor que não tem como descrever. E por isso, faz de Ned Stark – talvez – um dos únicos bons pais da saga de George R. R. Martin.


THE MANDALORIAN e THE LAST OF US
De pais “adotivos”, temos Pedro Pascal liderando o ranking em 2023. Tanto em The Mandalorian como The Last of Us, ele vive o homem sofrido que involuntariamente tem que proteger uma criança especial que pode salvar o universo/mundo, e, aos poucos, não apenas virando a figura parterna protetora como amando também. Como não adorá-lo?
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