Oscar: as Melhores Atrizes dos últimos 10 anos

Faltam dois domingos para o Oscar 2024, no dia 10 de março. Se eu te perguntasse quais foram as atrizes premiadas nos últimos 10 anos, você saberia dizer?

Não se preocupe se tiver esquecido! São muitos prêmios!

Quem são as indicadas de 2024?

A categoria de Melhor Atriz esse ano é uma das mais disputadas e incertas em muitos Oscars. Emma Stone e Lily Gladstone estão empatadas tecnicamente, com Lily levando uma pequena vantagem por ter vencido o SAG Awards. A essa altura, as outras indicadas, Anette Benning (Nyad), Carey Mulligan (Maestro) e Sandra Hüller (Anatomia de uma Queda), estão indo apenas para aplaudir.

Já a categoria de Melhor Atriz Coadjuvante nunca esteve tão anunciada. Da’Vine Joy Randolph ganhou todos os prêmios até agora por The Holdovers. O Oscar é dela. E como é a primeira grande categoria, vai celebrar logo cedo.

Você lembra das vencedoras anteriores?

Nos últimos 10 anos tivemos História sendo feita, em mais de uma oportunidade. Algumas surpresas também… vamos lembrar?

2014- 2015: Discursos históricos e recordes marcados

Em 2014, Cate Blanchett se tornou a sexta atriz a ganhar os dois prêmios de atuação feminina em sua carreira. Dez anos antes, em 2004, levou seu primeiro como Melhor Atriz Coadjuvante por O Aviador e em 2014, foi premiada na categoria principal pelo filme de Woody Allen, Blue Jasmine.

Não há atuação de Cate sem ser espetacular e em Blue Jasmine ela é uma espécie de Blanche Dubois de Uma Bonde Chamado Desejo. Na época havia muita pressão pelo cancelamento do diretor, mas Cate foi tanta unanimidade que nem isso a impediu de merecidamente levar seu Oscar para casa.

Em 2015, foi finalmente a vez de Julianne Moore com uma atuação comovente de uma professora sofrendo de Alzheimer em Para Sempre Alice.

Mas nos dois anos seguidos, 2014 e 2015, foi na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante que o Oscar fez mais bonito com momentos marcantes.

Primeiro Lupita Nyong’o, que roubou a cena em 12 Anos de Escravidão, foi a décima sexta atriz em todos os 90 anos de Oscar a vencer no filme de sua estreia. Não bastasse isso, foi a nona ganhadora de Melhor Atriz Coadjuvante a alcançar esse feito, além de ter sido a primeira nigeriana a vencer um Oscar como atriz. Escolha seus ‘primeiros’ e acrescente que ela também constou como uma das mais elegantes não apenas da noite, mas de todos os Oscars. Além estar nesse momento inesquecível da selfie da apresentadora Ellen DeGeneres.

Em 2015 o filme Birdman, um dos grandes vencedores da noite, foi a primeira indicação de Emma Stone, como Coadjuvante, mas a vencedora da categoria foi Patrícia Arquette por Boyhood: Da Infância à Juventude. Seu discurso politizado, pedindo equidade salarial para as atrizes levantou o público feminino, com o apoio icônico de Meryl Streep e Jeniffer Lopez.

2016 e 2017: A nova geração

Em meio às críticas de falta de inclusão e outros temas, entre 2016 e 2017 o Oscar manteve uma histórico bem claro de Hollywood: juventude e beleza contaram tanto quanto talento.

Em 2016, o “ano de La La Land“, foi esperada a vitória de Emma Stone e, no seguinte, Brie Larson não causou nenhuma surpresa ao levar o prêmio de Melhor Atriz por O Quarto de Jack.

A celebradíssima vitória de Viola Davis em 2017, pelo filme dirigido por Denzel Washington, Um Limite entre Nós (Fences) foi mais emocionante do que a de Alicia Vikander no ano anterior, 2016, por sua grande performance como Coadjuvante em A Garota Dinamarquesa.

2018-2019: Um recorde, uma nova estrela

Em 2018, Frances McDormand ganhou seu segundo Oscar de Melhor Atriz por Três Anúncios Para um Crime (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri), em uma atuação que alguns podem alegar ser sua assinatura (mulheres inteligentes e amargas), mas foi merecido.

Já em 2019 a campanha era: “chegou a vez de Glenn Close“, a favorita da noite. Até então com sete indicações (em 2021 voltou a ser indicada) e uma atuação espetacular em A Esposa, era mesmo para ser a “sua vez”. No entanto, o nome anunciado no envelope foi o de Olivia Colman por – não é piada – A Favorita.

A ironia do nome do filme não representa a supresa gigantesca da noite, embora a vitória tenha sido merecida. O melhor foi ouvir um dos mais divertidos discursos de agradecimento da história do Oscar. Olivia já era uma estrela popular no Reino Unido, mas, depois dessa noite, virou uma das mais requisitadas e adoradas atrizes internacionais.

Na categoria de atrizes coadjuvantes, os anos de 2018 e 2019 foram os de reconhecimento de veteranas. Alison Janney era a barbada da noite com um trabalho deliciosamente cruel em Eu, Tonya. E, em 2019, Regina King foi reconhecida por seu trabalho em Se A Rua Beale Falasse, levando a platéia às lágrimas com seu agradecimento sentido.

2020 e 2021: Anos de Pandemia, Oscar virtual e histórico

E em 2020, poucos dias antes do lockdown por causa da pandemia da Covid-19, a atriz Renée Zellwegger entrou para o mesmo clube de Cate Blanchett, recebendo seu segundo Oscar (o primeiro foi em 2003 como coadjuvante por Cold Mountain), agora como Melhor atriz por uma atuação estupenda como Judy Garland em Judy onde não foi dublada e entregou uma das interpretações mais emocionantes em cinebiografias.

De muitos anos sumida, Frances McDormand voltou com tudo aos cinemas. Apenas dois anos depois de entrar para o seleto grupo de atrizes com dois Oscars, em uma mesma noite ela passou para os reconhecidos com QUATRO, algo raríssimo em Hollywood. Dessa vez pelo pequeno Nomadland (que fez mais história premiando sua diretora, Chloé Zao), onde foi eleita a Melhor Atriz e levou também como produtora quando o filme foi o Melhor do ano.

Em 2020, Laura Dern, filha de dois astros que nunca ganharam um Oscar (Bruce Dern e Diane Ladd), levou sua primeira estatueta em sua terceira indicação, dessa vez por História de um Casamento.

A atriz Yuh-Jung Youn fez história ao vencer em 2021 por Minari, por seu papel da matriarca de uma família coreano-americana que se muda para o Arkansas em busca do sonho americano. Sua vitória marcou a primeira vez que uma atriz coreana ganhou um Oscar, e ninguém vai esquecê-la agradecendo a Brad Pitt rindo (ele é o produtor do filme). Um dos grandes momentos do Oscar.

2022 e 2023: os anos da inclusão

Aos poucos, na última década, foi possível acompanhar a mudança nas indicadas e vencedoras, com algum sinal de inclusão parecendo determinar as favoritas.

No Oscar do “tapa de Will Smith” a vitória de Jessica Chastain por Os Olhos de Tammy Faye mal gerou repercussão pois a noite foi marcada pela violência, escândalo e lágrimas de Will Smith. Ela encarou de frente outras veteranas como Nicole Kidman, Olivia Colman e Penelope Cruz, dividindo o favoritismo com Kristen Stewart como a Princesa Diana em Spencer. Jessica já tinha sido indicada duas vezes antes e é uma das melhores atrizes americanas do momento.

E, no ano passado, quem subiu ao palco foi ninguém menos do que Michele Yeoh, a primeira atriz asiática a vencer na categoria e uma vitória celebradíssima por sua carreira longeva e representação de inclusão no Oscar.

Entre as coadjuvantes os dois últimos anos têm sido de novidades também. Em 2021, Ariana Grande foi a segunda atriz latino americana a vencer na categoria, ironicamente pelo mesmo papel e filme, o de Anita em Amor Sublime Amor (West Side Story), que foi de Rita Moreno em 1961.

E Jamie Lee Curtis, assim como Laura Dern três anos antes, representou seus pais famosos (os atores Tony Curtis e Janet Leigh) ao vencer como Melhor Atriz Coadjuvante por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo.

A lista de refrescou a memória? Em duas semanas a teremos atualizada com as vencedoras de 2024. Vamos acompanhar!


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