Não deixa de ser curioso que por tantas décadas Jacqueline Lee Bouvier Kennedy Onassis tenha sido uma referência pop e ao completar 3 décadas de sua morte ela não tenha tudo mais a mesma reverência que despertava até recentemente. No início dos anos 2001 o Metropolitan Museum of Art dedicou uma linda exposição em sua homenagem e no dia 19 de maio de 2024 nada do gênero foi programado.
Em 1994, o mundo parou para acompanhar seus últimos dias, passados em casa e cercada apenas de quem amava. Jacqueline Kennedy Onassis, viúva do presidente John F. Kennedy e do magnata grego da navegação Aristóteles Onassis, morreu aos 62 anos de câncer no sistema linfático. Conhecida como Jackie Onassis, Jackie O ou Jackie Kennedy, ela foi uma figura proeminente na história americana e na cultura pop.

Nascida em 28 de julho de 1929, Jackie ganhou fama mundial quando aos 34 anos se tornou a Primeira Dama dos Estados Unidos, levando glamour e estilo para a Casa Branca como a esposa do 35º presidente americano. Jackie serviu na posição até o assassinato de seu marido, de quem foi testemunha direta da tragédia.
A relevância de Jackie Onassis para a cultura pop
Filha de socialites americanos, Jackie nasceu para brilhar e ao lado de Jack Kennedy foi o mais próximo do que até hoje os americanos vêem como “Família Real”. Conhecida por seu senso de moda impecável, com estilo elegante e sofisticado, caracterizado por chapéus tipo casamata, ternos sob medida e óculos de sol grandes, Jackie foi um ícone da moda até sua morte. Designers como Oleg Cassini frequentemente criavam seu guarda-roupa, e sua influência na moda continua a ser sentida até hoje.
Além disso, como primeira-dama, Jackie Kennedy foi fundamental na promoção das artes e da cultura nos Estados Unidos. Supervisionou pessoalmente a restauração da Casa Branca, enfatizando a preservação histórica e a importância da herança do país. Para tanto, foi pioneira em tempos pré redes sociais abrindo as portas da Casa Branca e fazendo um especial de TV considerado lendário, um momento cultural significativo, trazendo a história e a grandeza da residência presidencial para os lares americanos, como reproduzido no filme Jackie, com Natalie Portman.

Como Figura Pública, a vida de Jackie foi marcada por significativa atenção do público e da mídia. Seu casamento com JFK e o subsequente trágico assassinato fizeram dela um objeto de simpatia e fascínio global. Seu segundo casamento com Aristóteles Onassis, um dos homens mais ricos do mundo, consolidou ainda mais seu status como sensação na mídia.
Aqui há muita controvérsia. Ela teria “roubado” Onassis não apenas de sua irmã, Lee Radzwill, um dos “cisnes” de Truman Capote. A conexão entre Jackie e o futuro marido teria sido quando ela estava se sentindo humilhada pelo affair de JFK com Marilyn Monroe, que se apresentou na festa de aniversário de 40 anos do presidente com um vestido transparente e na mesma noite, sido fotografada com a amante do armador grego, Maria Callas.
Outras curiosidade é que, em 2016, o diretor Pablo Larraín assinou a biopic Jackie e agora está trabalhando na história do soprano grego, com Angelina Jolie interpretando Callas no filme Maria. No filme sobre a primeira-dama, Larraín se concentrou nos dias após o assassinato e no qual Jackie organizava o funeral e destacando tanto a dor pessoal dela quanto seus esforços para moldar o legado de seu marido. Já em Maria, ele vai focar nos últimos dias de vida da estrela da ópera. Não há como evitar pelo menos citações à Jackie no filme. Acompanhamos!


O legado de Jackie
A influência de Jackie estendeu-se além de sua vida. As suas contribuições para as artes e a preservação histórica, juntamente com a sua imagem duradoura como símbolo de graça e resiliência, deixaram um legado duradouro. Livros, filmes e documentários continuam a explorar a sua vida, garantindo o seu lugar nos anais da história cultural americana.
Sua personalidade pública e presença na mídia foram marcadas por uma postura e graça sob pressão, especialmente durante o trágico assassinato do marido em 1963, onde sua compostura durante o período conquistou ampla admiração e simpatia mundial.
Jackie chocou o mundo quando se casou com Aristóteles Onassis, em 1968, especialmente porque herdou milhões da união e os usava com gosto. A conturbada relação dos dois gera muita especulação até hoje e quando ela se tornou viúva pela segunda vez, se reinventou.

A partir dos anos 1980s trabalhou como editora de livros na cidade de Nova York e Suas contribuições para a literatura e as artes continuaram a solidificar seu legado como patrona da cultura.
Era uma mãe controladora e nos últimos anos de sua vida tinha Maurice Tempelsman como companheiro e viveu tranquilamente, circulando em festas e restaurantes em Nova York. Fica aqui o registro com uma semana de atraso pela data e a curiosidade se hoje olharíamos para Jackie da mesma forma. Seja como for, é, sem dúvida, um dos maiores ícones do século 20.
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