Aretha Franklin foi diva em vida. Rainha do Soul, temperamental, politizada e única, começou sua carreira aos 12 anos, como cantora religiosa e apoiada pelo pai, pastor e empresário. Aos 14 anos, já tinha mais de um álbum gravado. Sua vida é tema de dois filmes, Aretha e Respect, com Cynthia Erivo e Jeniffer Hudson, respectivamente. Já era hora.

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O talento de Aretha era obvio desde que surgiu. Dinah Washington era sua fã e a cantora tinha entre seus amigos pessoais talentos como Marvin Gaye, Ray Charles, Sam Cooke e Quincy Jones. Mais ainda, a jovem de 16 anos era amiga do pastor Martin Luther King Jr, a quem homenageou cantando em seu funeral.

A influência de Sam Cooke e seu sucesso no mundo pop encorajaram a jovem Aretha a deixar o gospel por outro repertório. Em 1961, ela lançou o icônico Aretha: The Ray Bryant Combo com o sucesso Won’t Be Long, virando sensação imediata, homenageada como a Rainha do Soul.

Embora já fosse uma estrela, foi em 1967, quando regravou a canção Respect, de Otis Redding, que tudo mudou. Dentre suas alterações, estava o soletrar cada letra da palavra, que ganhou espaço como hino feminista e dos direitos civis. Sem dúvida também sua “canção assinatura” que é até o nome do filme sobre sua vida, estrelado por Jenniffer Hudson.

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Em 1968, foi uma chuva de hits: Think, Chain of Fools e I Say A Little Prayer, são apenas alguns deles.

Prêmios, shows, polêmicas marcaram a carreira e vida pessoal da cantora, que caiu as vendas no início dos anos 1980s. Aliás, a Rainha do Soul contou com a presença da Rainha Elizabeth II quando se apresentou no Royal Albert Hall.

O lado politizado de Aretha a envolveu diretamente com as questões de Direitos Civis e Feminismo, chegando a ser presa. A experiência só confirmou sua posição liberal, lutando para libertar Angela Davis.

Sua vida pessoal foi conturbada. Mãe aos 12 anos sua avó e irmã mais velha praticamente criaram os dois filhos de Aretha. Até completar 19 anos, ela viria a ter mais dois filhos. Foi casada duas vezes e na primeira união, foi vítima de violência doméstica. Mas na música, sempre brilhou. Venerada em vida, ela morreu em casa, em 2018, por causa de um câncer no pâncreas. Tinha 76 anos.

Aretha Franklin foi considerada pela Rolling Stone como uma das 100 maiores cantoras de todos os tempos. Pelo que podemos ver no trailer de Respect, que chega aos cinemas em agosto, veremos mais o início da carreira da cantora e como – obviamente – compôs Respect. Falaremos mais da canção em breve.