Succession é uma série popular, embora seja quase completa de pessoas intragáveis. Não há mocinhos e se achávamos que Tony Soprano sofria com sua mãe, os Roy conseguem reescrever o pior padrão de uma família tóxica. Parte desse masoquismo, desse sofrimento está na degradação psicológica de Kendall Roy, brilhantemente interpretada por um incrível Jeremy Strong. A conclusão do episódio exibido no dia 6, o penúltimo da temporada, deixou o mundo em suspenso e ansioso. Sim, SPOILER à frente.

Desde a primeira temporada acompanhamos os filhos do nojento Logan Roy, o multimilionário e sono de um império de comunicação e sua especialmente dolorosa relação com seu – a princípio – sucessor, Kendall. Apenas um ator do calibre de Brian Cox, premiado com Emmy, consegue conferir a maldade de alma como a de Logan. E Jeremy, que merecidamente levou o Emmy de Melhor Ator em 2020, tira nosso fôlego com uma interpretação icônica de um homem fraco, perdido e cada vez mais sufocado por sua natureza e ambiente.

Havia de se pensar que Logan, depois de todas as humilhações impostas ao filho, que sempre perde, poderia dar um tempo, mas é um vício do qual ele está completamente dependente. Mas, com Kendall aparentemente morto na última cena (duvido!), os fãs se perguntam se Logan dessa vez nã foi longe demais e vai se arrepender de perder Ken.

O fato é que, como foi destacado há alguns capítulos, “todos perdem, menos Logan”, mas o confronto entre pai e filho promete ainda mais surpresas dramáticas. Em seu jogo de poder e humilhação, Logan chegou ao cúmulo de pedir ao neto que prove sua comida, caso esteja envenenada, mostrando para Kandall que sua aversão ao filho se estende à tudo que tiver ligação genética com ele, incluindo os filhos. É mais uma dor insuportável para uma personagem que não tem descanso nas derrotas.

O que você acha que ainda pode acontecer?