A assinatura de Joe e Anthony Russo, que ficou clara nos Avengers da Marvel, está em todo lugar em Agente Oculto (The Gray Man). Locações maravilhosas, ao redor do mundo, porém igualmente um rastro de destruição que nos faria temer por qualquer menção de super-heróis ou CIA. Eles resolvem, mas nenhuma cidade fica de pé depois de uma “visita”. Seja como for, os irmãos sabem mesclar ação, emoção e diversão como poucos.
E pelo que vemos, estamos testemunhando nascimento de uma nova franquia, colocando Ryan Gosling em um papel que tira de letra com seu talento: poucas palavras, olhares doces e frios, muita luta e imagens incríveis. Aqui ele é o “Seis”, o agente mais habilidoso da CIA e cuja verdadeira identidade quase ninguém conhece. Quando informações sensíveis sobre a agência caem em suas mãos, passa a ser caçado por assassinos internacionais, colocando em risco as poucas pessoas por quem ainda tem alguma afeição.


Clichês?
Temos todos.


O elenco é um desfile de artistas carismáticos, com Billy Bob Thornton, Ana de Armas, Alfre Woodward, Regé-Jean Page, (um quase irreconhecível) Wagner Moura e um Chris Evans indo para o lado oposto dos papéis heróicos que viraram sua assinatura (sim, ele é o “vilão”). Baseado no livro The Gray Man, de Mark Greaney, o filme da Netflix é garantia de boas horas de entretenimento. Mesmo com tudo previsível, a qualidade é inegável e ter Ryan Gosling relembrando seus dias de Drive é uma delícia. É só aproveitar. (E rezar que ele nunca venha parar no Brasil). A continuação já está em andamento.

