A estreia de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder

Como será publicado no CORREIO DO ESTADO no dia 02/09/22

Para os fãs de fantasia, o segundo semestre de 2022 tem sido magistral. Depois de a estreia de House of the Dragon, chega à Amazon Prime Video a prometida super produção de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder. As trilogias dos clássicos de J.R.R.Tolkien, em especial a do Senhor dos Anéis, fez história no cinema, quebrando recordes e colecionando merecidos prêmios. E se reclamam dos fãs de Game of Thrones eles são fichinha perto dos exigentes leitores e fãs de Tolkien, portanto a ousadia de trazer o universo mágico e querido do escritor despertou desconfiança e ansiedade. O investimento valeu.


Críticos repetem adjetivos como “esplendoroso” ou “estonteante” e a qualidade de produção – a mais cara de todos os tempos, com uma estimativa de 465 milhões de dólares – é inegável. Apostando no que deu certo com as adaptações de Peter Jackson (que não está envolvido aqui), repete as paisagens da Nova Zelândia, que já tinha servido como base nos filmes para recriar as terras dos elfos, humanos e anões.

A trama se concentra na Segunda Era da Terra Média, três mil anos antes de Frodo e a Sociedade do Anel e inclusive antes de Sauron forjar os anéis. Nessa fase, é a jovem Galadriel (que conhecemos com o rosto de Cate Blanchett nos filmes) que conduz a série. Interpretada por Morfydd Clark, a elfa quando jovem é valente, imperfeita e até arrogante, assim como vingativa, sanguinária e brilhante, tentando alertar a todos do perigo iminente.


O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder encara um paradoxo: o de conviver sob a sombra do mega sucesso de House of the Dragon, o que é uma ironia. Afinal, desde que a franquia assinada por George R.R. Martin fez história e quebrou recordes, todas as plataformas buscavam um substituto para Game of Thrones, porém o próprio escritor americano se inspirou em Tolkien para fazer seus livros. É o caso do ovo ou a galinha. Foi por causa da existência dos livros O Hobbit e O Senhor dos Anéis, escritos nos anos 1930s, que franquias como Harry Potter ou Game of Thrones encontraram um público cativo. Ainda assim, Os Anéis de Poder disputa um espaço cheio de filhotes, contando um trecho de sua história menos conhecido e lidando com comparações.

Não darei spoilers, mas garanto que os mais fiéis não vão ficar desapontados. Com a qualidade de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder fica ainda mais claro que barreira entre cinema e TV está na distribuição, não mais na produção. E quem ganha, é o consumidor.

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