Hollywood premia Tom Cruise. Finalmente

Tom Cruise é um dos principais astros de Hollywood dos últimos 40 anos, quebrando recordes de bilheteria e entregando filmes que colecionam fãs de várias gerações. É também, um dos principais produtores dos últimos 35 anos, sendo quem na pandemia, chamou para si uma campanha mundial de enconrajar as pessoas a não deixarem de ver os filmes nas salas de projeção. Para isso, não apenas frenquentou os cinemas pessoalmente (registrando tudo, claro) como segurou o lançamento do filme Top Gun- Maverick, um dos mais esperados em 2020, por nada menos do que dois anos. Isso mesmo, só lançou o filme (em grande estilo, como sempre) quando as pessoas passaram a poder voltar aos cinemas. Bateu recordes e segue sendo o filme mais visto no streaming também. Por isso, quando Steven Spielberg o abraça e declara “você salvou o cinema”, não é para ignorar o elogio.

Tom Cruise não queria fazer Top Gun, por ele teria parado no filme original de 1986. Foi convencido pelo diretor,  Joseph Kosinski e criou outro clássico que está entre os favoritos de levar um Oscar de Melhor Filme. Fossem em outras circunstâncias seria um exagero, mas com toda perspectiva de “como” resgatou o público nas salas de cinema, seria merecido. E seria o primeiro Oscar de Tom Cruise, um reconhecimento que ele abertamente buscou por muitas décadas (e parece ter desistido há 20 anos). Antes disso, ele vai receber nesse sábado o David O. Selznick Achievement Award, um prêmio criado em 1990 pelo Sindicato dos Produtores que homenageia “produtor ou equipe de produção de um trabalho extraordinário no cinema”.

David O Selznick, para quem não associou, foi um dos maiores produtores da história de Hollywood. Temos clássicos como E O Vento Levou, O Mágico de Oz, Rebecca e tantos outros. Outros vencedores em anos anteriores incluem nomes como Brad Pitt (já?!), Clint Eastwood, Steven Spielberg, Stanley Kramer, Billy Wilder, Jerry Bruckheimer, Brian Grazer, Robert Evans, Dino Di Laurentis,  Michael Douglas, Kathleen Kennedy & Frank Marshall e até Kevin Feige (Marvel), entre outros. Tom está em muita boa companhia, mesmo que a lista tenha poucas mulheres reconhecidas, pauta para outro assunto), mas há quem ainda se incomode com ele.

Por que? Por causa de sua escolha religiosa. A dedicação de Tom Cruise à cientologia deveria ficar no campo pessoal, mas há muito a fronteira de pessoal e público deixou de existir. Quando ele se separou de Nicole Kidman no início dos anos 2000s, se apaixonou por Katie Holmes por volta de 2055 e pulou no sofá de Oprah Winffrey para celebrar seu amor, Tom contribuiu para expor um lado que gera muita polêmica e suspeita mesmo em uma terra onde poucos têm direito a falar do outro. Uma pena.



Tendo sido indicado ao Oscar como Ator três vezes (merecia ter levado por Magnolia), se não levar por filme em 2023, provavelmente será lembrado mais à frente pelo conjunto de sua obra, que é ímpar em uma indústria extremamente competitiva. Na verdade, acho que seria ainda mais merecido. Vamos ver o resultado da mesma festa no sábado. Não vou perder.



Como fã distante, e lembrando do dilema de Tár (onde separamos a Arte do Artista?), me dou o direito de ficar feliz por Tom Cruise de receber um reconhecimento por sua carreira. Em 26 anos como produtor, ele já gerou mais de 11 bilhões de dólares (nas bilheterias apenas). Top Gun – Maverick é seu filme de maior bilheteria de todos os tempos e é o maior sucesso global nos 110 anos de história do estúdio da Paramount Pictures. Quem mais pode alcançar esse feito?

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