Imaginem Beyoncé sem nenhuma concorrência no horizonte, surpreendendo o mundo não apenas com um gênero – o disco – mas com sucessos que mesclavam sexo e feminismo? Pois o reinado de Donna Summer, que durou mais de uma década, teve esse impacto. A Rainha do Disco foi uma febre, um fenômeno que o volume de seguidoras meio que deixou no campo do tempo, mas ainda assim, uma lenda.
A trajetória de Donna já virou musical – inclusive com uma montagem brasileira – ainda não chegou aos cinemas (mas é uma biopic óbvia!) e está no acervo do Max (ex HBO Max) com um documentário emocionante, Love to Love You, Donna Summer que está repleto de imagens e depoimentos inéditos. Brooklyn Sudano mergulhou em material riquíssimo deixado por sua mãe e que nos transporta para a vida que ela manteve afastada da mídia.
Donna era bem distante da primeira imagem que foi feita dela e nos bastidores lutava contra depressão, abusos de namorados, sobreviveu à um abuso sexual quando adolescente, não foi uma mãe ideal com a primeira filha e chegou a contemplar o suicídio. Mas também era brincalhona, como seus vídeos caseiros comprovam.
A cantora faleceu em 2012 aos 63 anos de câncer de pulmão, uma surpresa diante do segredo que ela manteve até os últimos dias. Há muita informação que passa rapidamente, outras coisas que não chegam a aprofundar, mas vale a lembrança de uma artista tão icônica e inovadora como foi.
Love to Love You, Donna Summer contextualiza o impacto de sua arte que abriu a porta para tantos artistas de cor desde então. Um bom incentivo para o leilão da Christie’s no dia 15 de junho, quando vários artigos pessoais da cantora, incluindo vestidos, letras escritos à mão, prêmios e pinturas, estarão à venda. Porque quem amava Donna Summer, sabe que era uma paixão eterna.
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