Ian Bailey está morto. Como fica assassinato de Sophie Toscan du Plantier?

A uma semana de completar 67 anos, hoje, 27 de janeiro de 2024, o jornalista inglês Ian Bailey morreu repentinamente em Cork, Irlanda, aparentemente de um infarto fulminante. Foi na mesma cidade, há 28 anos, que ele passou a ser internacionalmente conhecido como o principal suspeito do assassinato da francesa Sophie Toscan du Plantier, encontrada assassinada fora de sua casa em West Cork, perto de Schull, na manhã de 23 de dezembro de 1996.

Para a família de Sophie e a Justiça francesa, no entanto, Ian Bailey era “O” assassino e só conseguiu escapar por conta da inaptidão da polícia irlandesa que concluiu que não havia provas suficientes para merecer um processo. Com a opinião pública mundial dividida, ainda em 2020 ele foi condenado em ausência por um tribunal francês recebendo uma sentença de 25 anos. A família fez grande pressão para que as autoridades o entregassem e o documentário da Netflix foi uma dessas ferramentas. Com risco de ser extraditado caso saísse de Cork, Ian Bailey passou os quase 30 anos na mesma cidade, meio à parte da sociedade. Ele sempre manteve sua posição de inocência, mesmo com depoimentos e suspeitas de que ele fosse mesmo o assassino. O produtor e escritor irlandês Jim Sheridan também fez um documentário sobre o assunto intitulado Murder At The Cottage: The Search for Justice for Sophie.

Segundo as notícias de jornais irlandeses, Bailey teria desmaiado em uma praça, e, quando o serviço de emergência chegou, ele já não respondia mais. A notícia de sua morte preocupa a família de Sophie, que ainda quer elucidar efetivamente o assassinato da documentarista. “Nunca tivemos dúvidas de que Ian Bailey era o assassino, mas esperávamos que a equipe de análise de casos arquivados obtivesse DNA e evidências forenses para provar isso sem qualquer dúvida. Agora, o nosso medo é que nunca cheguemos a toda a verdade sobre o que aconteceu, por isso peço à polícia irlandesa que continue com a sua investigação para ter a certeza absoluta de que Bailey foi o culpado,” disse o tio de Sophie, Jean Pierre Gazeau.

A morte de Ian Bailey também interrompe seu processo de difamação, que ele queria concluir para “limpar seu nome” e aguardava a revisão do caso para isso. Seja como for, a investigação não parece ter parado. Jornais locais noticiaram ainda hoje que apreendeu itens pessoais do jornalista em apartamento, depois de revistar o imóvel. Entre o material, há vários cadernos com suas anotações, eu celular, laptop, discos rígidos e cartões de memória e outros dispositivos de armazenamento eletrônico.

O filho de Sophie está otimista que a conclusão agora será definitiva. “Estamos confiantes de que a descoberta de novas provas, a audição de novas testemunhas e a revelação de possível cumplicidade permitirão à polícia irlandesa encerrar o caso, finalmente, 27 anos após o assassinato da minha mãe,” declarou. Será?


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