Com meses de atraso, para abrir 2025, finalmente maratonei A Imperatriz, a bem-sucedida produção austríaca sobre uma as mais famosas regentes da História, Sissi ou Elizabeth da Áustria, estreou em 2022 com grande sucesso, mas ficou longe de uma das minhas favoritas.
Não foi por falta de luxo ou bons atores, mas tinha tantas opções de séries biográficas históricas, em especial sobre a monarquia inglesa, que domino mais, por isso essa série não me conquistou. Devo dizer que a segunda temporada me fez superar o problema.
Sissi foi uma das mais belas mulheres da história e, para sua época, moderna também. Não teve uma trajetória sem falhas, mas era endeusada e foi imortalizada por sua inegável beleza e os filmes da da década de 1950, com Romy Schneider romantizaram sua vida de forma que é quase impossível revisá-la. Além disso, as iniciativas impopulares de Sissi em sua época, normais para hoje em dia, seriam (e foram) facilmente ressaltadas com pouca referência histórica.

A 1ª temporada: o romance
Com Devrim Lingnau é a Sissi da Netflix, com menos carisma que Schneider, mas extremamente competente no papel. Na primeira temporada, contextualizam que a Casa de Habsburgo era uma das mais poderosas na Europa central. O foco dos primeiros episódios são sobre o romance entre Sissi o jovem Imperador Franz Joseph I (Philip Froissant), assim como os complexos primeiros meses de seu casamento no palácio imperial em Viena justamente por conta da personalidade inovadora dela.
Muitos, na época, sugeriram que um dos problemas de A Imperatriz era não ser sexy como Bridgerton ou popular como The Crown, todas também na Netflix. Bobagem, é inegavelmente de igual qualidade, apenas um período histórico menos explorado.
Tudo me pareceu exageradamente dramático na primeira fase, mesmo que os fatos históricos estejam endereçados lá de alguma forma. Por conta disso que quase deixei passar uma segunda fase, o que teria sido um erro!
Uma trama mais amarrada, política e emocionante
Uma das coisas mais complicadas na biografia de Sissi é sua turbulência emocional e as raízes de todos os problemas de sua segunda fase de vida são plantadas aqui.
Se na 1ª temporada Sissi teve dificuldade de navegar pelas rígidas regras da Corte, na 2ª temporada ela depara com as pressões da maternidade, ainda sob a dura e confrontadora posição de sua sogra, a arquiduquesa Sophie (Melika Foroutan). Os irmãos Franz e Maximilian (Johannes Nussbaum), (um William e Harry do seu tempo) tentam sobreviver às traições do passado, mas a presão política está destinada a dividir a Casa Habsburg porque Franz precisa estabelecer sua identidade como imperador.

Há várias histórias paralelas, mas o coração da temporada está no grande trauma pessoal que Sissi e Franz precisam sobreviver e que vai impactar a vida de ambos para sempre.
Evitei todos os spoilers porque já postei a história real da imperatriz e ela é bem menos romântica do que costuma aparecer nas telas. A segunda temporada é infinitamente melhor do que a primeira e deixa em aberto a continuação de pelo menos mais uma. Tomara que o foco seja seguir os fatos reais. São muito mais emocionantes. Sempre.
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