A última temporada de Divorce estréia em julho

Quando estreou em 2016, a série Divorce trazia uma Sarah Jessica Parker bem diferente da que vimos em Sex and the City. Frances Dufresne, uma galerista casada há mais de 20 anos e com dois filhos adolescentes, tem um caso extraconjugal que acaba precipitando o seu divórcio.

Algumas coisas são interessantes em Divorce. Primeiro, há cinco anos, antes do movimento #metoo, era ousado colocar a “culpa” do divórcio em uma mulher infiel e essa premissa revertia um pouco as expectativas da trama. Para complicar mais as coisas, Robert Dufresne não era um cara mau. Ao contrário, um marido apaixonado, fiel e que não percebeu a insatisfação da mulher até que fosse tarde demais. Thomas Haden Church sempre se sai bem com personagens antipáticos porque tem tanto carisma que equilibra as críticas. Com Robert, ele não cai na cilada da vitimização e torna ainda mais difícil entender as escolhas de Frances. Mas nenhum divórcio é fácil, e a série mostra todos os desencontros que conduzem para decisões erradas.

A segunda temporada aliviou um pouco o lado de Frances, que segue em sua vida separada, mas ainda com problemas para se desligar de Robert. A encruzilhada do episódio final aponta para mais drama na conclusão da história. Farei um recap mais à frente.

A HBO já comunicou a data de estréia dos 10 últimos episódios: 5 de julho. A série não “aconteceu” e não é por falta de talento do elenco, é que ela não traz grandes dimensões para o drama. As personagens coadjuvantes, especialmente a comediante Molly Shannon, roubaram a série com histórias mais surpreendentes e curiosas que o casal principal. Sarah Jessica Parker já fez personagens menos simpáticos antes, mas sua imagem de boa moça e romântica não conseguiram convencer. Especialmente quando o amante que a fez colocar o casamento a perder era o comediante Jemaine Clement, que mostrou mais química com Thomas Haden Church do que com ela.

Divorce seria sobre o fim de um amor que não tem mais inimigos do que o próprio tempo. As vidas de Frances e Robert foram para caminhos e aspirações tão distintas que é difícil imaginá-los juntos. Foi interessante tirar a mulher do lugar de vítima, mas na segunda temporada Robert não está nem um passo à frente do que estava na primeira. Será difícil surpreender na conclusão, mas aguardamos!



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