Não há dúvida do talento de Taylor Swift. 1989 seu álbum vencedor de vários prêmios (merecidos), marcaram a mudança de estilo da cantora e compositora que começou nas raízes country e passou para o pop. Aos 31 anos Taylor se reinventou mais uma vez, agora entrou de cabeça no estilo pop indie.

A pandemia proporcionou um tempo que ela não teria tido. Em julho de 2020, por exemplo, ela estaria em São Paulo, em uma apresentação certamente LOTADA. Em vez disso, ela lançou o singelo Folklore, com produção de Aaron Dessner, do The National, e seu amigo, Jack Antonoff. O álbum vendeu dois milhões de cópias em sua primeira semana globalmente, 1,3 milhão das quais foram vendidas no primeiro dia.
Essa “nova” Taylor garante ter deixado o lado autobiográfico de suas canções para apostar na imaginação. Ela tenta, mas ainda é muito calcada nos temas que falam com seu coração: fama e amor. Nada de errado com isso! Taylor consegue dissecar histórias distante da realidade das pessoas e soar próxima. Demanda talento.
O som minimalista trouxe sofisticação para o repertório da cantora. Poucos instrumentos, ritmo mais lento. Mais uma vez, surpreendente e de grande qualidade.
Se não bastasse Folklore, hoje, 11 de dezembro, ela lançou outro álbum, Evermore, com a mesma pegada e produção. Os dois, Folklore e Evermore são gêmeos, mesma linha, mesmo conceito, porém o último conta com mais participações indie. Bon Iver volta em mais um lindo dueto. Em exile (de Folklore), as vozes de Justin Vernon e Taylor combinam perfeitamente. Ele canta a faixa principal de evermore com ela.
Se em Folklore o som e influência do The National – por óbvias razões – era claro, infelizmente a banda não participou. Em Evermore eles aparecem em coney island. E Daniele Haim, da banda Haim, também faz dupla com Taylor em no body, no crime.
Se a quarentena permitir, certamente virá outro álbum. A “nova” Taylor é muito boa. Manteve sua identidade melódica, mas subiu um patamar.
Vale conferir os dois álbuns. Presentão de natal.


Ouça Folkore
Ouça Evermore