O Quebra-Nozes: pas-de-deux

Fim de ano tem trilha sonora. Por conta da tradição e da trama envolver Natal, a música do ballet O Quebra-Nozes toca, quase ininterruptamente, de novembro a janeiro. Para quem já dançou, há sentimentos de nostalgia e enjôo da obra, afinal ela geralmente marca a estréia de muitos alunos no palco e depois, uma “obrigação” de fim de ano.

Escrita por Piotr Illytch Tchaikovsky, em 1892, foi uma das últimas obras do compositor (a última foi a 6ª sinfonia, a Patética) e a estréia do ballet, na Rússia, foi no dia 18 de dezembro do mesmo ano.

O Quebra-Nozes é um ballet com dois atos e um prólogo, baseado no conto de E.T.A. Hoffmann (de 1816) sobre O Quebra-Nozes e o Rei dos Ratos. Nele, a pequena Clara (ou Marie) ajuda o Quebra-Nozes a vencer a batalha, na véspera do Natal, e é levada por ele ao Reino dos Doces, para celebrar.

É nessa celebração que a Fada Açucarada dança com seu companheiro para Clara. Em algumas versões, é a própria jovem que dança com o Quebra-Nozes (já transformado em príncipe).

A coreografia original de Marius Petipa e Lev Ivanov é a que até hoje é dançada pelo Royal Ballet de Londres.

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Veja Margot Fonteyn como a Fada Açucarada.

No Kirov e Bolshoi, as coreografias já foram completamente alteradas.

A do Bolshoi, de Yuri Grigorovich já é a mesma há 54 anos, portanto super tradicional.

A versão filmada de Mikhail Baryshnikov para o American Ballet Theatre, com Gelsey Kirland, foi um sucesso nos anos 1970s.

Na versão de Baryshnikov, o pas-de-deux vira pas-de-trois:

Recentemente o ABT revisou a produção e hoje apresenta a versão de Alexei Ratmansky.

Rudolf Nureyev criou sua própria versão também fez sua criação, considerada ousada ma época.

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A mais tradicional, no entanto, é a versão definitiva de Georges Balanchine para o New York City Ballet. Pela primeira vez em 66 anos, por causa da pandemia, deixou de ser apresentado ao vivo para o público. É possível revê-lo online ou na Netflix.