A beleza de Patrick Dupond era inegável e estonteante. Assim como seu talento. Nos anos 1970s e 1980s, ele foi uma das maiores estrelas do ballet francês. Ele faleceu ontem, 5 de março, com 61 anos.

Patrick foi um fenômeno. Foi uma criança super ativa o que fez sua mãe inscrevê-lo em artes marciais e futebol, mas ele se encontrou na dança. Em 1975, com apenas 16 anos, entrou para a companhia do Opéra de Paris e em cinco anos já era a estrela principal. Trabalhou com Rudolf Nureyev, Maurice Béjart e Roland Petit, entre outros. Na França era uma estrela de maior grandeza, uma celebridade.

Patrick foi uma das estrelas do Opéra, sob a supervisão de Nureyev. O sucedeu na direção da companhia, após a sua morte, e permaneceu como bailarino e diretor entre 1990 e 1995. Fez carreira nos palcos e nas telas, com grande público e reconhecimento de crítica. Em 1997, depois de ter sido diretor da companhia, brigou com o Opéra por ter se ausentado por alguns dias para participar do júri do Festival de Cannes. Sua personalidade forte também era marcante.

A vida traria mais desafios. Foi obrigado a abandonar os palcos em 2000, depois de um acidente de carro. Com 134 fraturas, os médicos acharam que ele não dançaria mais, mas ele superou o desafio com um doloroso processo de recuperação. Em um ano, voltou aos palcos, mas a depressão contribuiu para o alcoolismo. Com o tempo, também superou a dependência alcóolica.

Desde 2018 era um dos jurados do Dança dos Famosos, França. Sua vida pessoal gerou várias controvérsias por ter, depois de vários relacionamentos homossexuais, se unido a Leila Da Rocha, ex-jogadora de basquete e dançarina. No entanto, nos palcos, Patrick foi unanimidade. Sua contribuição para a dança clássica deixa mais uma lacuna no mundo do ballet.