Embora tenha feito história no cinema em filmes de época onde interpretou mocinhas românticas e ricas, como Razão e Sensibilidade e Titanic, quando amadureceu, Kate Winslet parece ter se especializado em mulheres vividas e sem glamour. Foi assim que ganhou o Oscar por O Leitor, em 2009, e o Emmy na refilmagem da HBO do clássico Mildred Pierce, em 2011. Sete anos depois ela volta às telinhas com o suspense Mare de Easttown, que deve estrear em 18 de abril.

A atriz interpreta Mare Sheehan, a detetive de uma pequena cidade na Pensilvânia que um dia (há 25 anos) foi estrela local jogando basquete. Em meio ao caos de sua vida pessoal – ela lida com o divórcio, a morte de um filho, viver com sua mãe, filha e neto numa cidade onde não há segredos – e tem dificuldade de solucionar um assassinato local. Justamente a filha adolescente de uma ex-colega de escola. Com apenas 10 mil habitantes na cidade, o mistério mexe ainda mais com a instável realidade de Mare e para ajudá-la, entra o detetive Colin Zabel (Evan Peters), que é seu oposto em tudo.

Dividida em apenas sete episódios, a série é dirigida por Craig Zobel, que assinou os elogiados A Caçada e The Leftovers. A crítica diz que a dinâmica entre os dois detetives espelha a excelente série britânica Broadchurch (estrelada por Olivia Colman e David Tennant).

Mare de Easttown marca o reencontro de Kate com Guy Pearce, com quem trabalhou em Mildred Pierce. De certa forma, Mare e Mildred são semelhantes, com um cansaço e decepção da vida que a atriz capta com precisão.

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