Fãs de Discovery ID e crimes em geral sabe a história do criminoso que apavorou Nova York no final dos anos 1970, matando seis pessoas e ferindo outras sete em menos de um ano. Inicialmente identificado como o assassino do calibre 44, ele veio a ganhar o nome de Filho de Sam após mandar cartas para a polícia descrevendo os crimes. As vítimas, na maior parte casais namorando em lugares públicos, eram escolhidas aparentemente aleatoriamente, contribuindo para o pânico. Em agosto de 1977, com a prisão de David Berkowitz, que confessou ser o psicopata, tudo parecia estar resolvido. Estava mesmo?
O jornalista e escritor Maury Terry, autor do livro Ultimate Evil, tinha outra opinião. Como muitos, ele não acreditava que Berkowitz agia sozinho e dedicou sua vida para comprovar sua teoria. Essa é a história da série documental da Netflix, Os Filhos de Sam: Loucura e Conspiração, que estreou no dia 5 de maio na plataforma. Maravilhoso.
Dividido em quatro episódios, o primeiro parece um pouco arrastado, mas quando pega o ritmo é difícil não querer ir até o fim. Esse post é sem spoiler, portanto não vou entrar nos detalhes impressionantes que o documentário revisita e contextualiza muito bem. Rico tanto de depoimentos atuais como de imagens da época, Os Filhos de Sam: Loucura e Conspiração comprova muitas das teorias de Terry, que perdeu sua credibilidade quando passou a ficar obcecado pelo caso. O autor amarra crimes como os de Charles Manson e outros aos de Nova York e se a princípio parece viagem, logo compartilhamos sua crença.
A cena final do documentário é de tirar o fôlego. Programaço.