O melhor dos zumbis são as canções

O filme de Zack Snyder, Army of the Dead: Invasão de Las Vegas, assim como outras obras do diretor, está longe da unanimidade. Um elenco liderado por Dave Baustista e Omari Harwick, é sim para fãs de conteúdo de fantasia, zumbis e apocalipse. Tem humor, ação e surpresas, mesmo para quem não curte o gênero.

A proposta começa no básico: um acidente na estrada perto de Las Vegas acaba ganhando proporções “bíblicas” quando um zumbi escapa e cria um exército. A cidade é isolada, mas o problema de como lidar com os zumbis passa então para a esfera política. No meio tempo, mercenários planejam o golpe perfeito. Zumbis não ligam para o dinheiro dos cassinos, que já receberam o seguro, mas o que está na cidade ainda tem valor. São milhões de dólares que acabam convencendo aos poucos que conseguiram escapar com vida a voltar para ficarem ricos.

Até aí, estava indo. Mas o diretor decidiu incluir algumas surpresas em relação aos zumbis que ultrapassou o tênue limite do ridículo. Sim, há ainda mais ridículo do que simplesmente “zumbis em Vegas”, que, por si só, demanda muita vontade de se divertir.

Tentar usar invasão de zumbis como uma metáfora do que a sociedade vive não é novidade, mas o filme faz um uso até interessante do tema, com discussões de “direitos humanos” e alternativas de convívio. Porém o que interessa aqui é a ação e como os clichês do gênero serão distribuídos e tem que se reconhecer que Zack Snyder estava bem confortável com o universo. Nada é levado a sério e nem por isso é uma comédia rasgada. A porta aberta para a continuação é bem vinda.

O grande destaque, como não poderia deixar de ser, está na escolha da trilha sonora. Impossível evitar Elvis Presley e a versão de Viva Las Vegas, com o ataque zumbi em uma cidade de excessos é ao mesmo tempo surpreendente, brega e nojenta. A alegria da canção contrasta com a violência e o drama dos sobreviventes e é uma ótima apresentação dos heróis, sem uma palavra sequer.

E fechar com Zombie, dos The Cranberries, é outro toque inteligente. A música tem cunho político (é uma canção protesto) e traz nostalgia e até emoção para uma trama rasa.

Está sem opção do que ver no fim de semana? Army of the Dead é uma opção para distrair.

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