Em 2020 escrevi sobre seis álbuns feitos sobre “separações” e um deles, não poderia ter deixado de ser, foi Blue, de Joni Mitchel. Pois no seu aniversário de 50 anos, voltaremos a falar de sua importância.
Joni Mitchel teve o impacto de Bob Dylan na música americana. Amigos e contemporâneos, todos era apaixonados por ela, sua voz e sua poesia.

Em 1970, aos 27 anos e depois de muito tempo vivendo com Graham Nash (de Crosby, Stills, Nash and Young), Joni comprou uma passagem para viajar sozinha pela Europa e não apenas recomeçar sua vida, mas também recuperar o controle sobre sua liberdade.
Em Blue, que remete tanto à cor como o sentimento de tristeza, a cantora fala de felicidade, sexo, drogas, idealismo, maternidade (ela colocou sua filha para adoção e canta sobre isso em Little Green), política, rock e amor, claro. É o album diário da busca da maturidade e por isso é tão icônico e influente até hoje.
Além da faixa título, em Blue constam alguns dos maiores sucessos da música folk americana, em especial A Case of You.
O tom de confissão das letras surpreenderam até os amigos da cantora. O rompimento com Nash partiu o coração dele (os dois são amigos até hoje), mas quando ela voltou aos Estados Unidos, depois de um romance furtivo na viagem (a canção Carey fala sobre isso), Joni viu que Cash já estava namorando e foi quando então ela se apaixonou pelo jovem James Taylor, que toca no álbum. Ele, muso inspirador de Carole King e Carly Simon, também manteve a amizade com Joni, e relatos diferem de quem rompeu com quem. O fato é que ele também inspirou canções de Blue.
O aniversário de lançamento é 22 de junho, mas sempre vale relembrar o álbum.