Nos três primeiros episódios de Pam e Tommy pudemos chegar à algumas conclusões. Que Rand Gauthier “destruiu” uma relação que poderia ter dado certo (será?), que não ficou rico, não aprendeu em quem confiar e que Tommy Lee e Pamela Anderson eram dois avoados milionários. Chegamos à metade da história e – assim como a realidade – apenas agora conseguiram descobrir que foram roubados. A essa altura, “a fita” já ganhou vida independente na pirataria e na Internet. Já era.
Há uma docilidade dos intérpretes para suas personagens. Nesse início de relacionamento, onde os dois mal se conheciam mas já estão casados e começando uma família – o casal parece estar feliz quando está junto, parece se entender e se apoiar. Sabendo o destino dessa relação, é quase emocionante lidar com esse período de inocência.
O episódio demonstra que Tommy Lee, embora empenhado em recuperar a fita para tranquilizar Pamela, não tem o empenho ou compreensão do que o conteúdo significa para ela. Ex-coelhinha da Playboy, e sex symbol da TV, a atriz estava começando a se distanciar do rótulo e o vídeo de sexo explícito não apenas a impedirá de seguir, vai colocá-la ainda mais atrás de onde jamais esteve. Como machista estrutural, Tommy dá de ombros, “também estou na fita” e “não é como se nunca tivessem visto nada daquilo antes”. Ele não pesca quando Pamela dita para ele: “você será chamado de sortudo enquanto eu viro a vagabunda”. E Pamela estava certa, infelizmente.
Para piorar as coisas, a atriz sofreu um aborto natural e a perseguição dos paparazzi só aumenta. Em um ataque pré-Britney Spears, o episódio termina com um surto de Pamela contra um fotógrafo. E o escândalo está apenas começando…