A heroína branca da história em The Gilded Age é muito difícil de conquistar o público. Marian Brooks, interpretada pela iniciante não exatamente expressiva Louisa Jacobson, supostamente já deveria ter ganhado nosso coração para que estivéssemos torcendo por ela, mas não consegue. Inadvertidamente conseguiu colocar a vida dos Russells nos trilhos, mas a sua própria vida é uma locomotiva sem o menor controle indo para o desastre.
A conhecemos quando Marian descobre que seu pai morreu a deixando pobre. Em seguida é assaltada dos últimos 30 dólares que tinha na bolsa e é obrigada a viver com duas tias ricas, porém opressoras, desatualizadas e ressentidas. Faz uma amiga negra, inteligente e independente (Deneé Benton), mas que insiste em ofender com seu incontrolável racismo estrutural. Ao mesmo tempo, com ótimos candidatos a marido por perto, é justamente pelo conquistador barato no seu pé que se apaixona. Marian é rebelde quando tem que ser correta, é discreta quando tem que desconfiar… não acerta uma!
Chegamos ao penúltimo episódio da 1ª temporada acertando uma teoria: o segredo de Peggy Scott tinha a ver com o homem de seu passado, o pai de seu filho (supostamente) morto e por isso ela não apenas deixou sua confortável vida no Brooklyn como se submeteu a viver como secretária na casa dos Van Rhijn. O único defeito de Peggy é acobertar e alimentar o romance claramente oportunista de Tom Raikes (Thomas Cocquerel) com Marian, mas daremos a ela o crédito de estar desinformada, como a própria Marian, de que a jovem é milionária e que o advogado é o único ciente dessa informação, por isso a pressão para se casar com ela mesmo contra os desejos e as regras da sociedade.


Com esses dois problemas em andamento: Peggy retomando as rédeas de sua vida e Marian decidindo que vai se jogar do precipício e fugir com Tom Raikes, ainda há bastante drama para acompanharmos.
A guerra dos Russell e os Astor vai começar a pegar fogo no último episódio, com uma provável crise no baile de apresentação de Gladys. Pela história real, sabemos que Alba Vanderbilt conseguiu fazer com que Mary Astor se submetesse a ela, mas antes disso chegou a ser esnobada ao ser excluída da lista dos 400, então há bastante para se resolver em apenas um capítulo. Pelas imagens de divulgação do início da série sabemos que até Ada e Agnes irão ao baile, portanto acho que apenas Marian vai perder o babado.

A disputa de John Adams e Oscar Van Rhijn por Gladys Russell também promete um bom triângulo, mas falaremos mais sobre eles em outro post.
A preocupação é mesmo agora ver se Julian Fellowes vem nos gritando contra Tom Raikes esse tempo todo apenas para nos enganar. Não houve sequer nenhuma personagem (além de Peggy) que o tenha elogiado ou tenha deixado de alertar Marian contra ele. Como aguentaremos de curiosidade para as próximas temporadas?
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