Eddie Munson foi mesmo “The Last in Line”

Hoje é dia do Rock, bebê. Falaremos sobre isso já já. Mas, na data em que o mundo celebra música e Paz, vale falar do herói do momento, Eddie Munson (Joseph Quinn) cuja breve passagem por Stranger Things está unindo o mundo com uma paixão rara de por um improvável herói que deu a vida para impedir que o Mal tivesse vencido. Foi em vão? Ainda não sabemos. Mas hoje vamos falar do Eddie roqueiro, o maior metal de sempre.

A popularidade da banda Metallica e a inserção de Master of Puppets pode estar sendo elogiada, mas eu tinha uma expectativa maior para a seleção musical de Eddie, fã de Iron Maiden (tanto que… bem… Eddie é o símbolo da banda) e Ronnie James Dio. E depois, talvez ainda mais, Eddie estava com uma jaqueta jeans homenageando Dio, com o álbum The Last In Line, de 1983, dando um senhor spoiler para o destino da personagem.

Ronnie James Dio é considerado um dos maiores vocalistas de todos os tempos. Sua voz permanece inigualável mesmo 12 anos após sua morte, por causa de um câncer de estômago, aos 67 anos. O americano é creditado a ter “inventado” o maior símbolo do heavy metal, o gesto de imitar um chifre com as mãos quando se referia ao Demônio. O cantor aprendeu com sua avó, italiana, e repetia o símbolo quando suas canções se referiam ao mal. Pegou. Eternizou.

Mas Dio era muito, mas MUITO mais do que um “influencer”. Era um dos melhores letristas e front men do rock. No final dos anos 1960s, quando sua banda, Elf abria para Deep Purple, chamou a atenção do icônico guitarrista Ritchie Blackmore, que o contratou quando formou a banda Rainbow, em 1975. Apenas quatro anos depois, Dio teve a difícil tarefa de substituir Ozzy Osborne à frente do Black Sabbath, mas sua contribuição musical com a banda criou alguns dos maiores clássicos do heavy metal, como Heaven and Hell (1980), para citar apenas um dos vários sucessos. Embora a canção fale justamente da luta contra o bem e o mal, alertando para que o demônio seja perigoso e brinque com a inocência humana, o título, as guitarras e a voz de Dio (Deus, em italiano) se tornaram também referência para aqueles que alegavam que o heavy metal era o ritmo de adoradores do Demônio, como Eddie era tratado em Stranger Things.

Quando deixou o Black Sabbath, Ronnie James Dio formou sua própria banda, Dio. O álbum de estreia, Holy Diver, chegou à platina e solidificou a posição do músico entre os melhores. The Last in Line, de 1983, é considerado sua obra de arte.

Como leitor ávido de contos de fantasia, Sir Walter Scott e ficção científica, Dio era um letrista ímpar, trazendo o universo geek para o palco de forma inteligente. Bem típico dos anos 1980s, seus shows tinham dragões, lutas de espada e tudo que fãs de Dungeons and Dragons (olha Eddie de novo) amavam. “Quando me tornei compositor, pensei que coisa melhor a fazer do que fazer o que ninguém mais está fazendo … contar contos de fantasia. A coisa mais inteligente que já fiz”, Dio disse em uma entrevista.

A jaqueta de Eddie? Veio do acervo do próprio vocalista. A figurinista, Amy Parris, explicou em uma entrevista. “Entramos em contato com o espólio [do falecido Ronnie James Dio para comprar camisetas da banda]. Sua viúva [Wendy Dio] está encarregada de tudo, e ela se ofereceu para nos enviar camisetas vintage, o que foi um verdadeiro sonho”, disse.

O visual de Eddie foi uma homenagem ao cantor até imitando seu cabelo. Ficou emocionante.

Quanto à canção, bem, eu esperava que Eddie fosse ser “o último da fila”. Master of Puppets está mexendo com todos, mas a letra de The Last in Line era perfeita para a cena.

We’re a ship without a storm
The cold without the warm
Light inside the darkness that it needs, yeah

We’re a laugh without a tear
The hope without the fear
We are coming – home

We’re off to the witch
We may never never never come home
But the magic that we’ll feel
Is worth a lifetime

We’re all born upon the cross
We’re the throw before the toss
You can release yourself
But the only way is down

We don’t come alone
We are fire we are stone
We’re the hand that writes
Then quickly moves away

We’ll know for the first time
If we’re evil or divine
We’re the last in line
We’re the last in line

Two eyes from the east
It’s the angel or the beast
And the answer lies between
The good and bad
We search for the truth
We could die upon the tooth
But the thrill of just the chase
Is worth the pain

We’ll know for the first time
If we’re evil or divine
We’re the last in line
We’re the last in line

We’re off to the witch
We may never never never come home
But the magic that we’ll feel
Is worth a lifetime

We’re all born upon the cross
You know we’re the throw before the toss
You can release yourself
But the only way to go is down

We’ll know for the first time
If we’re evil or divine
We’re the last in line
We’re the last in line
See all we shine

We’re the last in
We’re the last in
We’re the last in
We’re the last in
We’re the last in
We’re the first in line, oh

We’re a ship without a storm
We’re the cold inside the warm
We’re the laugh without a tear
We’re the far without the near

We’re the last in line
We’re the last in line
We’re the last in line
See how we shine
We’re the last in line

Estive no último show de Dio no Brasil, um ano antes de sua morte e seis meses antes de identificar o câncer que tirou sua vida em menos de um ano. Fica aqui a minha homenagem à ele, no Dia do Rock.

e a canção para Eddie.

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