Hoje, 12 de março, a Indústria cinematográfica americana celebra a 95ª cerimônia do Oscar. Isso mesmo, 95 anos de premiação, um evento que movimenta milhões e engaja bilhões ao redor do mundo. Ainda assim, pelo menos nos últimos 25 anos, a discussão em torno da importância da festa ainda não encontrou uma resposta satisfatória e seguimos a tradição de tentar antecipar resultados.
Podemos argumentar que um dos elementos que mantém a atratividade do Oscar é o suspense. O processo para o anúncio dos “vencedores” mudou ao longo das nove décadas e meia, sendo que em seus primeiros sete anos os vencedores eram avisados com antecedência. Quando a TV passou a transmitir ao vivo a cerimônia, há 62 anos, o suspense de quem seria “o vencedor” colocou o Oscar numa categoria esportiva, onde apostas podem ser até lucrativas. Algumas equações não encontram solução, como a famosa duração de mais de 3h da apresentação de uma premiação com mais de 80% do tempo falando de categorias técnicas, ou a do dilema de “quem vai ganhar” contra “quem você quer que ganhe”. Adicionadas as questões sociais e políticas, hoje o Oscar é tudo menos sobre a Arte. E nesse cenário, a Inteligência Artificial é mais do que precisa.

O pesquisador e fundador da Unanimous AI, Louis Rosenberg, defende os resultados da pesquisa feito pelo seu instituto em 2023. Segundo ele, a Inteligência Artificial foi testada e acredita no resultado de uma pesquisa que já está em seu sétimo ano consecutivo. Os pesquisadores convidaram um grupo de 20 cinéfilos selecionados aleatoriamente para participar online e prever em tempo real todas as principais categorias do Oscar. Segundo Louis explica em seu artigo , “não é um voto ou uma enquete”, mas um sistema “mediado por algoritmos de inteligência de enxame [ um conceito que ele defende de trabalho em grupo como as abelhas] que os ajudaram a convergir para a melhor combinação de suas percepções e intuições individuais. Cada previsão é realizada em cerca de 60 segundos”, ele explica.
Em meia-hora, apresentaram o resultado que está, a meu ver, correto. E como Louis ressalta, com “confiança probabilística”. A “surpresa”? A defesa cada vez mais forte de que Austin Butler vai tirar o Oscar de Melhor Ator das mãos de Brendan Fraser. Algo que já discuti aqui no Miscelana, mas que eu ainda meio que duvido pois ainda acredito na probabilidade matemática do SAG Awards. No mais? Acho que têm razão, mesmo que meus votos tenham sido um pouco diferentes.
Vamos descobrir em algumas horas!
