Em 2011, a cabeleireira portuguesa Dulce Caroço tinha um marido, um filho e um salão de beleza. Tudo mudaria radicalmente quando é traída e deixada pra trás com dívidas tão altas com a Receita que perdeu seu estabelecimento, abandonada e traída, sem alternativas imediatas para saldar o que seu marido devia e alimentar seu filho.
O primeiro dos 11 assaltos que viria cometer começou com um impulso. Estava na agência do banco que foi tentar resgatar o que tinha na poupança, mas não teve sucesso porque estava congelada. Furiosa e frustrada, disse para si mesma “chega” e voltou no dia seguinte. Munida de uma arma de plástico, usando uma peruca e um vestido preto, Dulce tinha certeza que a reconheceriam e a prenderiam, mas não aconteceu. Isso a impulsionou a seguir, por um ano, até que um dos funcionários assaltados percebeu que a arma era falsa e reagiu. O que se seguiu uma uma longa perseguição pelas ruas de Lisboa até que ela fosse capturada e presa em flagrante.

Dulce era conhecida na imprensa como a “viúva negra” – amigos e familiares discutiam com ela sobre quem poderia ser essa pessoa misteriosa, sem desconfiar de nada – e foi condenada a sete anos e meio de prisão. Já está solta.
Essa história fascinante chamou a atenção da roteirista Patrícia Müller, que acompanhou a cobertura da aventura pelos jornais e ficou fascinada com o potencial dramático para uma série. Ela e a atriz Gabriela Barros conversaram com Dulce durante a pré-produção de Vanda, uma nova série que está disponível na Lionsgate Plus a partir do dia 12 de maio. A pedido da própria Dulce, os nomes são alterados na série, que também não segue passo a passo o que realmente aconteceu.
Na minha coluna de CLAUDIA que sobe amanhã no site, teremos uma entrevista exclusiva com a atriz Joana de Verona. Fiquem de olho!