Nos anos 1973 George Lucas estava trabalhando em dois projetos paralelos: Star Wars e Indiana Jones. Em retrospecto, é de arrepiar ver o que saiu de uma única mente e praticamente ao mesmo tempo.
Há 50 anos, Indiana Jones era Indiana SMITH, porque esse foi o primeiro rascunho: As Aventuras de Indiana Smith. Star Wars ganhou prioridade, mas Indiana tinha potencial, o diretor sabia. Com o fenômeno que a aventura espacial provou ser, não havia nada que Lucas não pudesse fazer e, ao se unir ao adorado e igualmente popular Steven Spielberg era dinamite.
O argumento do primeiro filme era uma proposta de modernizar seriados e filmes dos anos 1930s e 1940s, trabalhando com o respeitado Philip Kaufman, e decidindo que a Arca de Moisés seria o conhecido MacGuffin, o elemento que provoca a ação, mas que não é parte essencial do drama. Porém o roteirista teve que se afastar por conta de outro projeto e foi numa conversa despretensiosa que os diretores mais populares de Hollywood, que eram grandes amigos, estavam de férias e viram que tinham o mesmo objetivo. Spielberg queria algo meio James Bond, e, quando ouviu sobre “Indy”, identificou que era uma ideia “melhor do que James Bond” porque era uma aventura sem tecnologia. E só mudaram uma coisa: em vez de Smith ele seria Jones.

A vontade de que fosse uma franquia existia, mas foi o mega-sucesso mundial que garantiu que fosse uma possibilidade. Depois de grandes filmes e uma minissérie, desde 2012 a DisneyPlus passou a ter a propriedade intelectual de Indiana Jones, planejando um reboot do que se imaginava mais do que encerrado. O filme que será lançado no Festival de Cannes será (finalmente?) o último com Harrison Ford e cheio de atrasos nos bastidores. Mas, para os fãs ouvir o tema de John Williams é tão emocionante como o do tema dos rebeldes. Quem resiste?
Estreia no final de junho, dia 29.