Love & Death tem uma sombra gigantesca de uma concorrência correta de Candy, da Starplus, lançada um ano antes. Para quem conhecia o crime, está um tanto o quanto repetitivo revisar o mesmo crime, pra quem descobriu a história com a versão estrelada por Jessica Biel, idem, no final das contas a versão da HBO para a história de Candy Montgomery engata mais quem ainda não sabia de nada. O que é uma pena, porque Elizabeth Olsen está ótima.
O ritmo da história é arrastado. A construção de como era a relação das pessoas ao redor da Igreja, dos problemas de cada casal e o affair entre Candy e Alan Gore estão bem construídos, até mais do que Candy. Não ter a preocupação de caracterizar o elenco com as personagens verdadeiras é um pouco mais confuso, mas tolerável. O que fica pesado é usar a trilha sonora para compensar isso, algo que diminuiu agora que chegamos ao julgamento.
Mas voltemos um pouco. Nos dois últimos episódios, no qual vimos o crime e agora o início do julgamento, confirma que Love & Death se propõe a seguir o relato de Candy, que alegou ter se defendido de Betty Gore mas que entrou em um surto psicótico quando estava apavorada e a atacou com 41 machadadas para poder escapar com vida. Como Candy era uma mulher querida na sociedade, o choque de que ela fosse uma assassina calculista é meio que comprovado nessa versão da HBO, algo que nenhuma das outras anteriores comprou. Aqui é a grande diferença das duas séries que explora de alguma forma a simpatia da personagem.
Embora estranhe a escolha, a respeito. Afinal, a Justiça americana a inocentou em cima de todos os argumentos que estamos acompanhando, a opinião pública é que sempre deixou a sombra da culpa nos ombros dela. Afinal, Betty estava viva, mas indefesa, durante 40 das 41 machadadas, e Candy não chamou a polícia, não se entregou quando começaram a investigar e não fez nada que uma pessoa com medo teria feito. Candy Montgomery é ainda uma incógnita e parece ser esse o objetivo da série para reforçar. Mas num ritmo que nos desanima bastante…
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