Ghislaine Maxwell não vai encarar a Justiça até julho de 2021, porém depois de anos desaparecida, agora que está atrás das grades, todo seu passado só ganha visibilidade.

Ela se diz inocente das acusações de tráfico sexual de melhores, que incluía seu trabalho pessoal de selecionar jovens para satisfazer seu ex-namorado e parceiro, Jeffrey Epstein. A lista de sobreviventes que testemunha o contrário será difícil de calar. Ainda não se sabe quem a defesa da socialite vai chamar para ajudá-la. Até o momento, ninguém apoia o discurso de inocência de Ghislaine.

Agora em outubro, três meses após sua prisão, a advogada Bobbi Sternheim assume a liderança da equipe de defesa. Bobbi ficou conhecida por se destacar em casos complexos, como representar o saudita Khaled al-Fawwaz, ex- associado de Osama bin Laden. Al-Fawwaz, hoje em prisão perpétua, foi responsável por orquestrar os ataques às embaixadas dos Estados Unidos na África, em 1998. 224 pessoas morreram. Além de Bobbi, Ghislaine também contratou Christian Everdell, ex-procurador de Justiça dos EUA que ajudou as autoridades do país na captura do traficante mexicano Joaquín Guzmán, o El Chapo, em 2017. Ou seja, ela está determinada a escapar do mesmo destino de Epstein, que foi encontrado morto na prisão, em 2019. Embora existam apostas de uma acordo de delação, para aliviar a sentença, até o momento Ghislaine quer liberdade total.

As notícias mais recentes sobre o passado de Ghislaine, revelam que foi o próprio pai dela, Robert Maxwell, que teria apresentado a filha a Jeffrey Epstein. Há suspeitas inclusive de que a fortuna de Epstein, que nunca foi realmente esclarecida, tenha sido iniciada por administrar o dinheiro de Maxwell, que desviou milhões de libras esterlinas da pensão de funcionários para sua conta pessoal. Dessa forma, a ligação de Ghislaine com Epstein, que foi romântica por um período, seria ainda mais complicada do que a socialite admite.