A parceria de Gal Gadot com a diretora Patty Jenkins segue rendendo frutos. Hoje (11) foi anunciado que a atriz israelense será a estrela da nova versão da vida da Rainha egípcia no cinema. A versão anterior, Cleópatra, de 1963, fez de Elizabeth Taylor a atriz mais bem paga da História na época, com um milhão de dólares de salário, e literalmente quase quebrou a Fox, o estúdio que produziu o filme. O novo projeto terá o roteiro assinado por Laeta Kalogridis e é o primeiro da head da Paramount, Emma Watts que venceu a disputa com a Universal, Warner Bros, Netflix e até Apple. Segundo o site Deadline, o filme foi uma idéia da de Gal, que participou diretamente das reuniões.

Antes de Gal Gadot, Angelina Jolie vinha pessoalmente trabalhando para recontar a história de Cleópatra, baseado na biografia de Stacy Schiff. Quando os e-mails de Amy Pascal, da Sony, e Scott Rudin foram hackeados – e publicados – a parte mais controversa da conversa envolvia justamente o sentimentos exasperados dos dois com as mudanças que Angelina vinha pedindo no roteiro. Entre os diretores, foram considerados James Cameron, Denis Villenueve, David Fincher e David Scarpa. Atualmente Eric Roth está trabalhando no filme, que pode ainda ser lançado junto com o da Paramount.
Em 1963, Cleópatra virou um clássico do cinema, mesmo que não pelos motivos mais merecedores. A rainha do Egito tinha sido encenada, entre outras lendas, por Theda Bara, em 1917, e Claudette Colbert, em 1934 e Vivien Leigh, em 1945. Nos anos 1960s, Elizabeth Taylor era a maior estrela de Hollywood, mas ela não estava interessada no papel. Por isso demandou a quantia astronômica de um milhão de dólares como salário e a Fox resolveu aceitar. Na época no quarto dos seus oito casamentos, Elizabeth já era conhecida pelos atrasos e problemas de saúde. Não deixou de alimentar sua fama passando a ser pontual. Durante as filmagens se apaixonou por Richard Burton, que interpretava Marco Antônio. O escândalo superou a divulgação do filme e o resto, bem, virou história.

O roteiro do Cleópatra, de 1963, se baseou nas peças de William Shakespeare e Bernard Shaw, e ambas obras retratam Cleópatra como uma mulher manipuladora e ambiciosa. Longo e caro (custou cerca de 31 milhões de dólares), não recuperou o investimento nas bilheterias, mas faz parte da lenda de Hollywood. Angelina estava empenhada em refazer o filme, mas Lady Gaga entrou na briga – que foi ganha por Gal Gadot, aparentemente.
Cleópatra é da linhagem direta de Ptolomeu, um dos homens de confiança de Alexandre, o Grande. Durante o Império Romano, o Egito foi dominado por Pompeu, o mentor e (depois) inimigo de César, virando uma obsessão romana. Ela disputou o trono com o marido (e irmão), ganhando o apoio do próprio César e, depois, de Marco Antônio. A vida amorosa de Cleópatra acabou atrapalhando seu reinado.
Além de Cleópatra, Gal Gadot está trabalhando em uma série sobre Hedy Lamarr, para Apple TV e a heroína de guerra polonesa, Irena Sendler, para Warner. Pelo visto, estará muito ocupada pelos próximos 10 anos!
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