Para quem está de fora restam pouquíssimas dúvidas do envolvimento direto – e culpa – de Ghislaine Maxwell no sistema de abuso, exploração e tráfico sexual de melhores que cresceu à olhos abertos por mais de duas décadas nos Estados Unidos e Europa.

Políticos, famosos, nobres e milionários conviviam com menores de idade sendo “distribuídas” para “massagens” e programas, fossem na ilha particilar ou nas mansões de Jeffrey Epstein ao redor do mundo. Segundo as sobreviventes, Ghislaine Maxwell liderava a rede de horrores que destruiu a vida de várias jovens. As fotos e depoimentos para o FBI corroboram as acusações, porém a defesa de Ghislaine tem conseguido banir a divulgação deles antes do julgamento, marcado para julho de 2021. Segundo os advogados, a opinião pública está contra Ghislaine portanto os jurados poderão ser influenciados quando chegar a hora. Portanto, NADA pode ser revelado. E pelo visto, há bastante porque o processo tem nada menos do que 418 páginas.
Uma das brigas judiciais mais feias para Ghislaine é contra a sobrevivente Virginia Giuffre. Virginia acusa Ghislaine de perjúrio, por negar ter testemunhado, arranjado e participado dos abusos que ela sofreu quando ela era menor de idade.
Nesse processo, há cópias de e-mails trocados entre Ghislaine e Epstein, que, no mínimo, comprovam a mentira da socialite quando ela alega “não estar em contato com ele há uma década”, mas escreveu em 2015.
A defesa de Ghislaine alega que apenas quer assegurar a imparcialidade no julgamento. Por hora, os documentos seguem em sigilo de Justiça.
Depois do documentário da HBO, agora o canal Lifetime exibe uma série sobre o caso. Sobreviver a Jeffrey Epstein, mais uma vez, dá voz às sobreviventes.