Tom Hanks não erra. Dificilmente seu nome está associado a um projeto remotamente ruim. Assim como Paul Greengrass, que assinou o primeiro (e melhor filme da franquia Bourne) e já tinha trabalhado com o ator no elogiado Capitão Philip. A dobradinha volta a dar certo na adaptação do livro Relatos do Mundo. Acrescentando ao grupo, o roteirista de Lion, Uma Jornada para Casa, Luke Davies, e o que poderia dar errado? Nada.

Por isso não é surpresa que o western da Netflix tenha entrado para as listas dos SAG Awards ou Golden Globes, mas tem Oscar escrito em todo ele. Especialmente a jovem atriz alemã Helena Zengel, extremamente jovem e madura. Ela segura a história com poucas palavras e de igual com o experiente Tom Hanks. Foi, merecidamente, indicada a todos os prêmios como atriz coadjuvante. Com apenas 12 anos, e com chances de ser uma “nova Anna Paquin” (que ganhou o Oscar por O Piano com 11 anos).

Helena é a jovem órfã Johanna, que muda a vida a trajetória do capitão Jefferson Kyle Kidd. Kidd, traumatizado pela guerra civil, viaja de cidade em cidade para contar histórias reais. O encontro das duas almas feridas e sofridas, por conta da atuação de grandes atores, emociona e segura o filme.

Para quem acompanha as premiações, Relatos do Mundo é obrigatório. Para quem gosta de uma boa história, imperdível.