Para os fãs de filmes ou séries de terror, há situações clichê que sabemos a conclusão. Vozes. Fantasmas. Mentiras. Possessão. Vozes e Vultos, o novo filme da Netflix, baseado no livro de Elizabeth Brundage junta quase todos os clichês conhecidos para contar uma história de terror, mas não chega a lugar nenhum. Com um elenco que conta com atores vencedores do Oscar (F. Murray Abraham), indicados (Amanda Seyfried), estrelas em ascensão (James Norton e Natalia Dyer) e estrelas do passado (Karen Allen), o filme é um desfile de situações mal resolvidas e quase obvias.

Um casal (Amanda Seyfried e James Norton)se muda da cidade grande para um pequeno vilarejo e acaba descobrindo o lado sombrio do casamento e a história sinistra da nova casa. Nossa, que base original, não? Mas parece valer o investimento. A mistura de Bebê de Rosemary com Terror em Amytiville e até mesmo, A Mansão de Bly sugere que, apesar de clichê, poderemos ter alguma surpresa, mas não há química.
James Norton se esforça, mas sua personagem transparece o esforço, guardando pouca surpresa nas viradas. Resta a Amanda Seyfried passar alguma credibilidade à trama, mas ela é tão rasa que não há material para que saia do lugar. O que sobra é um desfile de situações mal costuradas e que chegam ao fim, sem sentido. Não darei spoilers porque seria revelar o que será bastante obvio. Aliás, essa é a questão. O mais interessante estava nas possibilidades dos coadjuvantes, mas, ao focar no casal, a história perde qualquer chance de relevância. É quase um alívio como se conclui.
Uma perda de energia. Se ainda não viu, não vale perder tempo.

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